O balanço de fiscalização e combate ao desmatamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) aponta que em 2018 foram embargados mais de 82 mil hectares por desmatamento ilegal. Ao longo de 2018, foram aplicados R$ 280 milhões em multas.
De acordo com o coordenador de Fiscalização de Flora (CFFL), Fabiano Bernini, a implementação de metodologias desenvolvidas pelo corpo técnico do setor, aprovadas e apoiadas pela atual gestão, proporcionou um aumento de 83% na eficiência das autuações. Em comparação a 2017, neste ano houve incremento de mais de 47 mil hectares autuados e embargados por desmatamento, um aumento de 132% nas autuações.
“As ações de comando e controle do desmatamento em Mato Grosso estão pautadas no monitoramento constante, por meio de autuação remota e presença da fiscalização; sensibilização dos proprietários rurais; criminalização e responsabilização”, explica o secretário de Estado de Meio Ambiente, Gibson Almeida. Todas as etapas estão descritas no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais do Estado de Mato Grosso (PPCDIF/MT), que já está em sua terceira fase.
Madeira em pátio
Diante do entendimento de que o desmatamento é precedido da exploração florestal ilegal, a Sema intensificou a fiscalização em serrarias e depósitos de madeira. Foram 66 empreendimentos fiscalizados, sendo que 12 foram embargados, resultando na apreensão de 1,7 mil metros cúbicos de madeira serrada e 4,5 mil metros cúbicos de toras, no balanço parcial de 2018.
Para coibir o comércio ilegal de madeira, foram bloqueados 39 mil metros cúbicos de créditos florestais, tanto de serrarias quanto de Planos de Manejo Florestal Sustentável (convertidos em toras), no Sisflora, saldo suficiente para carregar quase 2 mil caminhões com toras ilegais. O sistema mato-grossense de gestão florestal está sincronizado com o sistema federal, permitindo a troca de informações e atuação conjunta dos órgãos de controle.
“Realizamos este ano sete fases da Operação Proteger, que visa justamente coibir o comércio ilegal de madeira. Inclusive, realizamos a maior apreensão de madeira em pátio nos últimos 10 anos”, recorda o superintendente de Fiscalização, Paulo César da Silva. A apreensão ocorreu em uma madeireira no distrito de Três Fronteiras (Guatá), em Colniza, 2.880 metros cúbicos de madeira ilegal, o equivalente a 140 caminhões carregados.