Um jovem de 20 anos, foi preso como o segundo suspeito envolvido na morte do professor universitário Francisco Moacir Pinheiro Garcia, 53, na tarde de sábado (5), em Sinop (480 km de Cuiabá). O suspeito afirmou que a vítima, morta no dia 20 de dezembro do ano passado, sofreu uma emboscada.
De acordo com informações da Polícia Civil, o criminoso contou em depoimento que agiu em conjunto com outros dois suspeitos. Um deles possuía relacionamento afetivo com a vítima e residia na mesma casa, e foi preso na sexta-feira (04), em Sorriso. O outro comparsa é um adolescente, já identificado.
Em interrogatório, o jovem declarou que não conhecia a vítima e um dos suspeitos entrou em contato com ele, após pegar seu contato com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre pra fazer”. O suspeito afirmou que um dos assassinos combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava, se esconderem em área de mato nas proximidades e que quando passasse na frente iria dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto.
Ainda de acordo com o depoimento do suspeito, o amigo havia dito que levaria a vítima para um local ermo (mata) e que a amarraria. Mas que ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), a vítima teria percebido que o amigo estava envolvido com os assaltantes.
Nesse momento, o suspeito afirma que o amigo teria mandado a vítima descer do carro e seguido com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. O depoente declarou que pouco tempo depois (aproximadamente 10min) foram ouvidos disparos de arma de fogo (provavelmente de calibre. 22).
O preso afirmou que houve a promessa, por parte do amigo, de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.
Segundo o delegado titular da Derf Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, o caso segue em investigação buscando individualizar as condutas e identificar a participação real de cada um dos três envolvidos no crime.