Secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo afirmou que o único caminho neste momento, para Cuiabá e Várzea Grande, é a quarentena obrigatória, com abertura apenas dos serviços essenciais. “Chegou o momento de tomar decisões desconfortáveis”, enfatizou ao chegar para a reunião com a prefeita de Várzea Grande, Lucimar Campos, e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Esta reunião foi marcada na última sexta-feira para serem decididas medidas restritivas em comum para as duas maiores cidades de Mato Grosso. Lucimar e Emanuel, no entanto, já demonstraram ser contra o lockdown.
O secretário enfatizou que o Estado já atingiu uma taxa de ocupação de 82% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivas para pacientes com covid-19, tem dificuldades na contratação de profissionais de saúde, tem dificuldades na compra de equipamentos e também na aquisição de medicamentos.
“Ou seja, as condicionantes reunidas neste momento apontam para a necessidade de ampliar o isolamento social”.
Mas o secretário reafirmou que o Estado já fez a parte que é de sua competência, que é orientar os municípios de como está a situação e quais medidas devem ser adotadas. Figueiredo enfatiza que, de acordo com decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão por quais medidas restritivas serão adotadas cabe aos prefeitos.
Ele também destacou a necessidade de começar um tratamento mais precoce nas unidades básicas de atendimento, que é a porta de entrada dos pacientes. “O governo do Estado está envidando esforços para auxiliar os municípios nisso, mas esta é uma atribuição municipal”.