Depois de aderir a Campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Domestica, a secretária municipal da Mulher, Luciana Zamproni, participou de uma reunião por videoconferência com o presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF-MT), na última semana, para discutir a forma de como será realizado o trabalho em conjunto e atuação da pasta nessa ação.
Segundo a secretária, um dos temas debatidos visa saber em quais regiões da capital registram-se a maior parte dos casos que envolvem a violência contra a mulher. Ela explica que depois deste levantamento, o próximo passo é desenvolver um trabalho cojunto ao CRF, para atingir as farmácias de porte menor que ficam localizadas nesses bairros. “Colocamos a disposição as psicólogas da Secretaria da Mulher para ajudarem na formação dos atendentes e dos farmacêuticos para saberem identificar e agir quando receberem esse tipo de denúncia”, afirma Zamproni.
Luciana ainda ressaltou que após a denúncia, os profissionais das farmácias seguem um protocolo para comunicar a polícia e ao acolhimento à vítima. Balconistas e farmacêuticos não serão conduzidos à delegacia e nem, necessariamente, chamados a testemunhar.
De acordo com o presidente do CRF-MT, Iberê Ferreira da Silva Junior, a reunião foi positiva, principalmente pelo interesse da secretária se colocar à disposição para mapear os bairros que possuem o maior índice de violência doméstica. Ele explica que assim que estiver com os locais em mãos deve marcar uma nova reunião com os proprietários das farmácias, com a secretária da pasta para poder explicar de uma forma mais detalhada sobre a ação. “É importante que o poder publico participem e apoiem essas políticas voltadas a violência contra mulher. Nós do conselho estamos incentivando e apoiando todas as farmácias que desejarem fazer parte desta campanha”, afirma
O presidente do CRF-MT, ainda destacou que as mulheres que se sentirem ameaçadas podem procurar as farmácias e drogarias e pedir ajuda. “Mesmo em tempo de pandemia, as mulheres não devem se sujeitar à violência. Aproveitem para fazer a denúncia quando forem nas farmácias e drogarias, façam o ”X” na mão e peçam ajuda”, finaliza Iberê.
Campanha:
Promovida pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação foi lançada, em todo o país, na última quarta-feira (10), e tem como objetivo prevenir a violência doméstica e familiar durante a crise sanitária decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O objetivo da campanha é oferecer um canal silencioso, permitindo que essas mulheres se identifiquem nesses locais e, a partir daí, sejam ajudadas e tomadas as devidas soluções. É uma atitude relativamente simples, que exige dois gestos apenas: para a vítima, fazer um X nas mãos; para a farmácia, uma ligação.
O protocolo é, de fato, simples: com um “X” vermelho na palma da mão, que pode ser feito com caneta ou mesmo um batom, a vítima sinaliza que está em situação de violência. Com o nome e endereço da mulher em mãos, os atendentes das farmácias e drogarias que aderirem à campanha deverão ligar, imediatamente, para o 190 e reportar a situação. O projeto conta com a parceria de 10 mil farmácias e drogarias em todo o país.