Conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT), a Revista Observatório foi lançada no fim da tarde de terça-feira (16), no Cine Teatro Cuiabá, reunindo pesquisadores, gestores públicos e representantes do setor cultural de Mato Grosso. A publicação tem como objetivo central suprir a carência histórica de dados sistematizados para a formulação de políticas públicas culturais no Estado.
Dados para políticas culturais
Conforme apurado pela reportagem, a primeira edição da Revista Observatório tem como tema Cultura e Economia Criativa e está estruturada em seis eixos temáticos baseados em dados quantitativos e qualitativos. Entre eles, destaca-se o mapeamento da capoeira em Mato Grosso, além de artigos analíticos assinados por pesquisadores da área cultural e da gestão pública.
Segundo o secretário-adjunto de Cultura da Secel, Jan Moura, a proposta vai além da simples divulgação de relatórios. “A ideia é trazer debates, pesquisadores e pessoas que estão pensando a cultura em Mato Grosso do ponto de vista artístico, cultural e também da gestão dos recursos públicos”, afirmou, em declaração registrada durante o lançamento.
Lacuna histórica de informações
A reportagem confirmou que a iniciativa surge diante da ausência de bases de dados consolidadas sobre o setor cultural estadual. De acordo com Jan Moura, decisões anteriores eram tomadas com base em percepções empíricas. “Isso não é a melhor forma de fazer política pública. Precisamos de dados, instrumentos e embasamento técnico”, ressaltou o gestor.
A Revista Observatório, segundo a Secel, é o primeiro passo para a consolidação de um observatório permanente. “Estamos começando agora. Daqui a cinco ou dez anos, esses dados permitirão compreender com mais clareza o cenário cultural do Estado”, explicou o secretário-adjunto.
Reconhecimento do meio acadêmico
A presidente da Academia Mato-Grossense de Letras, Luciene Carvalho, avaliou que a publicação cria um canal inexistente para a circulação de pesquisas locais. “A revista dá materialidade aos saberes, às pesquisas e às averiguações produzidas em Mato Grosso”, afirmou.
Ela também destacou a relevância simbólica do periódico em um contexto de redução de publicações físicas. Segundo a Secel, além da versão digital, haverá edição impressa, atendendo pesquisadores e leitores que valorizam o formato tradicional.
Execução e financiamento
A coordenação editorial ficou a cargo de Veruska Almeida de Souza, chefe da Unidade de Gestão de Recursos Federais e Incentivos da Secel. Em nota oficial, ela informou que a revista integra os instrumentos estaduais de disseminação de dados sobre cultura, economia criativa, esporte e lazer.
O financiamento da Revista Observatório ocorreu por meio de parceria com a entidade Ação Cultural, vencedora do edital de operacionalização da Lei Paulo Gustavo em Mato Grosso, conforme documentos oficiais da Secretaria.
- Dados quantitativos e qualitativos sobre cultura
- Artigos acadêmicos e análises técnicas
- Subsídio para políticas públicas culturais
Reportagem baseada em informações oficiais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
CTA: Acompanhe as próximas edições e acesse os dados para entender os rumos da política cultural em Mato Grosso.




















