Enquanto as atenções se voltam ao novo coronavírus (Covid-19), que tem o maior número de casos em São Paulo, as notificações de dengue explodem em Mato Grosso.
Somente nas 10 primeiras semanas deste ano, foram registrados 11.127 casos da doença, o que representa um aumento de 301% se comparado ao mesmo período de 2018, quando ocorreram 2.775 notificações.
Duas mortes por dengue foram confirmadas e uma segue em investigação.
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O Estado apresenta alto risco de contaminação de dengue com incidência de 332,7 casos por 100 mil habitantes.
Sinop (500 km ao Norte de Cuiabá) é município com índices mais preocupantes. lá, já foram contabilizados 1.744 casos (1.283,5 ocorrências/100 mil pessoas) agora em 2020 contra 321, no ano passado, o que corresponde a um aumento é de 443,3%. Já em Cuiabá e Várzea Grande, a situação é apontada como de baixo perigo.
Na capital, são 145 casos (24,6/100 mil hab.) de dengue neste ano, um aumento de 28,3% se comparado ao período anterior.
Na cidade vizinha de Várzea Grande, são 32 registros, o que representa uma queda de 40,7%. Já Rondonópolis (210 quilômetros, ao sul de Cuiabá), apresenta médio risco com 489 notificações, uma variação de 757,9% se comparado as mesmas semanas de 2019, quando ocorreram 57 registros.
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ZIKA E CHIKUNGUNYA – Quanto a zika e a chikungunya, outras doenças também provocadas pelo mosquito Aedes aegypti, Mato Grosso apresenta baixo risco de infecção.
Nas 10 primeiras semanas deste ano, foram registrados 147 casos de zika, o que corresponde a um incremento de 83,8%, em relação ao mesmo espaço de tempo em 2018 (80 casos). Situação semelhante ocorre em relação a chikungunya são 325 (75,7%) agora em 2020.
No ano passado, foram 185 registros da doença no mesmo período. Contudo, uma morte provocada pelo agravo é investigada no Estado.
Em seu boletim epidemiológico, a Ses reforça a importância da mobilização social para o combate às doenças transmitidas pelo Aedes. Lembra ainda que, no mês de outubro, a falta de saneamento básico e dos cuidados domiciliares, consequentemente provocam o aumento dos números de criadouros do mosquito.
“Com isso, ocorre a necessidade do alerta para aumentar a atenção e os cuidados com essas doenças transmitidas por este vetor”, reforça.
Conforme o órgão estadual, no período não epidêmico, “as ações de mobilização, comunicação e educação em saúde são fundamentais para a mudança de comportamento e adoção de práticas para a manutenção do ambiente domiciliar com a eliminação dos criadouros preservando a infestação por Aedes”. E, a principal ação que a população tem é se informar, conscientizar e evitar água parada em qualquer local em que ela possa se acumular, em qualquer época do ano.
Algumas das medidas de prevenção e combate ao mosquito são manter caixas d’agua bem fechadas; remover galhos e folhas de calhas; não deixar água acumulada sobre a laje; encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana; colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas; fechar bem os sacos de lixo e não deixar ao alcance de animais; manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo; acondicionar pneus em locais cobertos; fazer sempre manutenção de piscinas; colocar areia nos cacos de vidro de muros ou cimento; e não deixar água acumulada em folhas secas e tampinhas de garrafas.