Mais uma morte por dengue é confirmada em Mato Grosso. A Secretaria de Estado de Saúde notificou o óbito no município de Querência (945 km a Nordeste de Cuiabá).
O total de mortes chega a 19 neste ano, mais que o dobro verificado em 2021, quando foram registradas nove mortes.
Além de Querência, os demais óbitos ocorreram em Arenápolis (1), Canarana (1), Chapada dos Guimarães (1), Cuiabá (1), Diamantino (1), Juara (2), Lucas do Rio Verde (2), Nova Mutum (2), Peixoto de Azevedo (1), Pontes e Lacerda (2), Sinop (1), Sorriso (2) e Tangará da Serra (1).
Há ainda outras duas vítimas fatais em investigação nos municípios de Juína e Nova Xavantina.
Os dados constam em novo boletim epidemiológico disponibilizado, na sexta-feira (9), pela Coordenadoria de Vigilância Epidemiológica, ligada à SES-MT.
O objetivo é de orientar as ações de vigilância, prevenção e controle, subsidiando a tomada de decisão nos diversos níveis de gestão.
Até o momento, o Estado contabiliza 30.190 casos prováveis de dengue, um aumento de 116% se comparado ao mesmo período de 2021.
A quantidade também representa uma incidência de 846,3 casos por 100 mil habitantes, o que deixa o território mato-grossense com alto risco de contaminação para a doença.
Esta mesma classificação é verificada em 90 dos 141 municípios mato-grossenses.
Entre eles, está Sinop (503 km ao Norte de Cuiabá), onde foram registrados 2.186 casos, correspondendo a 1467,5 por 100 mil pessoas.
A situação em Tangará da Serra (239 km a Noroeste) também preocupa. Por lá, são 969 notificações e incidência de 900,3/100 mil.
Maior cidade em termos populacionais do Estado, Cuiabá apresenta médio risco de contaminação por dengue.
Na Capital, já são 646 casos, o que representa uma taxa de 103,6/100 mil. Na cidade vizinha de Várzea Grande, são 189 notificações e incidência de 65,1/100 mil habitantes.
Em relação à chikungunya ocorreram 302 notificações, além de um óbito em investigação.
Já quanto a zika são 142 casos, sendo o risco de transmissão é considerado baixo para ambos tipos de doenças de notificação compulsória, o que significa, que todos os pacientes suspeitos devem ser notificados, investigados e comunicados ao órgão estadual de saúde em até 24 horas.
PREVENÇÃO – A colaboração de toda população é necessária para a prevenção e o combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e febre de chikungunya. Isso porque 80% dos criadouros do mosquito estão dentro das residências.
A melhor forma de prevenção é evitar água parada, onde a fêmea do Aedes deposita seus ovos.
Para isso, basta manter sob abrigo da chuva pneus, garrafas, sucatas, bebedouros de animais e outros depósitos móveis.
Também deve-se providenciar a vedação de caixas d’água, tambores, tanques e poços artesianos; retirar qualquer porção de água acumulada em enfeites de jardim; colocar areia em pratos e vasos de plantas; não jogue lixo em terrenos baldios e coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a lixeira sempre bem fechada.