O município de Salto do Céu (350 quilômetros ao sudoeste de Cuiabá) pode comemorar seus 56 anos de fundação nesta terça-feira, 1º de setembro, com boas notícias.
Já estão contratadas as obras de restauração de 99,09 quilômetros da rodovia MT-170, no trecho entre o entroncamento da BR-174, no distrito cacerense de Caramujo, e o município, beneficiando seus 3.365 habitantes. Com investimentos de R$ 11 milhões, os trabalhos serão iniciados em breve.
Outra obra de infraestrutura beneficiando Salto do Céu é a manutenção de 72,61 quilômetros da rodovia não pavimentada MT-246, no trecho entre o fim da pavimentação, na divisa com Barra do Bugres, e Salto do Céu. Este serviço é fruto de um convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) e Prefeitura de Barra do Bugres.
Como contribuição ao combate da pandemia da Covid-19, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES), repassou ao município 275 testes rápidos para detecção do vírus e medicamentos para o seu tratamento – 1.514 comprimidos de azitromicina, 1.211 de ivermectina e 9.590 de dipirona, distribuídos em 236 frascos.
Em repasses financeiros, o município recebeu neste ano de 2020 (até maio) R$ 1,995 milhão referentes a ICMS, IPVA e Fethab, além de outros R$ 1,295 milhão em assistência social, transporte escolar, convênios na área de saúde e emendas parlamentares, entre 2019 e maio deste ano.
Economia
A administração pública, com R$ 22,7 milhões, responde por quase 40% do Produto Interno Bruto (PIB) municipal, avaliado em R$ 56,8 milhões em 2017 pelo IBGE, seguido pela agropecuária, com R$ 16,79 milhões ou quase 30%. O PIB per capita é de R$ 16.987,73.
Salto do Céu possui um rebanho bovino com 166,2 mil cabeças, das quais 4.221 vacas ordenhadas e 8,396 milhões de litros de leite, avaliados pelo IBGE, em 2018, por R$ 7,557 milhões.
É o sétimo no ranking mato-grossense na criação de pacu e patinga, com 16,2 toneladas de um total de 162 toneladas de peixes produzidos pela piscicultura saltense.
O município produziu também em 2018, conforme o IBGE, soja (5 mil toneladas), milho (2.100 toneladas), mandioca (650 toneladas) e feijão (12 toneladas). Sua silvicultura responde por uma área plantada de 2.319 hectares, dos quais 856 dedicados à plantação de eucaliptos.
História
Segundo o site da Prefeitura, a região onde hoje se localiza Salto do Céu era habitada pelos índios bororos. O município tem origem nos programas de colonização, a partir do desdobramento, a partir dos anos de 1960, da Gleba Rio Branco, criada na década anterior.
Cahoeira de Salto do Céu – Crédito da foto Prefeitura de Salto do Céu
A procura de novas áreas para a produção de cereais, os pioneiros se depararam com uma queda d’água, que chamaram de Salto do Céu, onde se assentaram em lotes de 200 metros por mil metros. A cachoeira fica localizada na região central do perímetro urbano do município.
A primeira missa do atual município foi rezada em 1964, enquanto os primeiros cultivos foram arroz e feijão, duas culturas que marcaram o desenvolvimento da povoação. O município foi criado 15 anos depois, em 1979, e instalado em janeiro de 1981.
Por causa de suas cachoeiras, o município tem potencial turístico. As mais conhecidas são a que empresta o nome à cidade (Salto do Céu), Salto das Estrelas, Salto das Nuvens, das Abelhas e Córrego Rico (com 70 metros de altura).
(Colaboraram Karine Miranda, Sinfra; e Fernanda Nazário, SES)