Entre os dias 23 de março e 26 de junho, o Disque-denúncia da Secretaria Municipal de Ordem Pública registrou 837 denúncias contra estabelecimentos comerciais. No topo do ranking aparecem os salões de beleza/barbearias, com 181 denúncias; os supermercados, com 106; e as academias, com 67 denúncias.
Das 14 semanas registradas no balanço da Operação Integrada de Prevenção à Covid-19, os salões de beleza e barbearias não foram denunciados em apenas uma. Os supermercados ficaram de fora das denúncias em apenas quatro semanas e as academias em sete semanas ficaram de fora da lista.
Outros segmentos comerciais com alto índice de denúncias são: cursos e educação (62), bares (61), comércio de rua/ambulantes (53), distribuidoras de bebidas (48), restaurantes (40), lojas de eletrodomésticos (37), lojas de roupas (37), lanchonetes (26), utilidades (26), condomínios (24), auto peças (22) e óticas (21).
Esses tipos de comércio somam mais de 96% das denúncias, 811 em números absolutos. O levantamento leva em consideração apenas as denúncias feitas em horário comercial, de segundas às sextas-feiras entre 23 de março e 26 de junho.
Além dos setores já citados, mais categorias foram denunciadas ao longo de 14 semanas de isolamento social. São elas: padarias, motéis, indústrias, lojas variadas, refrigeração, pet shops, concessionárias de veículos, lojas de embalagens, lojas de móveis, garagens de venda de automóveis, lojas de calçados, clínicas de pilates, setor de alimentos e bebidas, esporte e lazer, campos de futebol, condomínios, serviços de saúde, telefonia e internet, espaços públicos, moda e acessórios, papelarias, madeireiras, prédios comerciais, shopping centers.
Avaliação
Conforme relatório da Secretaria de Ordem Pública, houve maior resistência de acatamento dos decretos municipais por parte de muitos proprietários de bares e lanchonetes, especialmente nos bairros mais afastados do centro da cidade. O mesmo foi observado junto aos vendedores ambulantes, principalmente aqueles que trabalham com trailer de lanches, barracas de frutas, verduras e assados, aos finais de semana. Os fiscais também encontraram dificuldade em fazer cumprir os decretos junto aos camelôs que ficam na área central de Cuiabá, por se tratar de local com grande fluxo de pessoas.
Conforme o secretário de Ordem Pública, coronel Leovaldo Sales, os agentes de regulação e fiscalização não estão insensíveis à situação financeira delicada na qual a maioria da população se encontra, tanto é que focam no trabalho de conscientização e não punitivo. No entanto, precisam seguir as determinações e fazer valer os decretos municipais, que visam conter o avanço do novo coronavírus, causador da Covid-19, e mitigar o colapso no sistema público de Saúde.
“Procuramos ter sempre o bom senso de tolerar e entender certos conflitos e não penalizar ainda mais as pessoas. Todavia, não deixando escapar de nós a certeza de que a saúde e a vida são os maiores bens que possuímos”, afirma.
Denuncie
A população pode ajudar a fiscalização da Secretaria de Ordem Pública pelo Disque-denúncia (65) 3616–9614, que atende de segunda a sexta-feira, em horário comercial. Nos demais horários, finais de semana e feriado, as denúncias devem ser feitas pelo 190.