Em um movimento polêmico e que chama a atenção pelo impacto financeiro, o reajuste salarial para o prefeito eleito Cláudio Ferreira (PL), vice-prefeito, Dr. Altemar Lopes (Podemos), e vereadores de Rondonópolis foi aprovado recentemente, após discussões na Câmara Municipal. A medida estabelece novos valores para os subsídios dessas autoridades, com o argumento de corrigir uma defasagem salarial que se arrasta desde 2012, quando os últimos reajustes foram aplicados.
Segundo a Câmara, ao longo dos últimos 12 anos, os subsídios haviam passado apenas por correções nos índices aplicados aos servidores municipais, mas não acompanhavam a inflação e outras perdas acumuladas no período.
Esse aumento se torna ainda mais relevante para cargos e servidores municipais cuja remuneração está atrelada ao teto salarial do prefeito, como fiscais municipais, e também afeta o Legislativo, onde alguns servidores enfrentavam perdas semelhantes.
Com a atualização, espera-se corrigir essa defasagem, mas a medida também gerou debate sobre o peso dessa decisão para o orçamento público e os desafios econômicos da cidade. Os novos valores entram em vigor em 1º de janeiro de 2025 e seguem válidos até o fim de 2028.
Novos valores para prefeito, vice e vereadores de Rondonópolis
Com o reajuste, o salário do prefeito passará de R$ 20 mil para R$ 35,9 mil, representando um acréscimo significativo de R$ 15,9 mil. Já o vice-prefeito, que atualmente recebe R$ 10 mil, terá seu subsídio ajustado para R$ 17,9 mil, um incremento que pretende refletir a importância e a responsabilidade do cargo.
Os vereadores também foram contemplados, com um aumento progressivo em duas etapas: em janeiro de 2025, seus subsídios subirão para R$ 16,5 mil, e, em fevereiro do mesmo ano, alcançarão R$ 17,3 mil.
Segundo a Câmara Municipal, essa atualização salarial visa alinhar os valores ao custo de vida atual e também corrigir a defasagem que afeta tanto os titulares dos cargos como os servidores cuja remuneração é vinculada a esses subsídios.
Justificativas para a correção salarial e impactos a longo prazo
Em nota oficial, a Câmara Municipal explicou que o reajuste foi fundamentado na necessidade de correção salarial, considerando que o último aumento para o prefeito e vice-prefeito ocorreu há mais de uma década.
A defasagem foi especialmente sentida pelos servidores municipais, como os fiscais, cujo teto salarial estava vinculado ao subsídio do chefe do Executivo, resultando em perdas salariais acumuladas.
A situação, segundo a Câmara, também afeta alguns servidores do Legislativo, que passaram por uma redução progressiva em seu poder de compra ao longo dos anos.
Os novos valores serão aplicados durante os próximos quatro anos, de janeiro de 2025 até o final de 2028, e, conforme a Câmara, refletem uma tentativa de adequação aos desafios financeiros enfrentados pelos servidores e titulares dos cargos públicos.