Representantes de forças de segurança, do poder público municipal e estadual se reuniram nesta quinta-feira (29) para discutir a elaboração de um plano municipal de política sobre drogas. O encontro aconteceu no auditório do fórum da Comarca de Lucas do Rio Verde.
A reunião fez parte da programação da 2ª Semana da Política sobre Drogas 2023 idealizada pelo Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas. Várias atividades estão sendo desenvolvidas até esta sexta-feira (30).
De acordo com o presidente do conselho, advogado Marco Antonio Mendes, o encontro desta quinta-feira serve para buscar a integração das instituições. A partir do momento de levantar propostas, é possível identificar a dimensão dos problemas que a cidade enfrenta em relação as drogas.
“Percebemos que é inviável formular um plano sem a visão do Judiciário, do Executivo, do Legislativo e das forças de segurança num contexto de planejar a prevenção do consumo de drogas no nosso município”, pontuou.
Cooperação integrada
O juiz da 1ª Vara criminal, Hugo Freitas, disse que o poder judiciário tem incentivado a cooperação das autoridades locais no combate ao consumo e tráfico de drogas. Ele disse que um exemplo claro foi a reunião intersetorial ocorrida nesta quinta-feira.
“A grande questão, o grande princípio que se retira da legislação, que é a Lei 11.343, de 2006, é a cooperação entre os órgãos para que a gente consiga fazer a reinserção social dessas pessoas, consiga tirar elas do consumo de drogas e também inibir a práticas de comércio, de mercancia, de entorpecentes”, assinalou o magistrado.
Para o secretário de Segurança do município, Marcos Cunha, observou que existem algumas ações práticas que vêm ocorrendo em Lucas do Rio Verde em relação a prevenção. Ele citou a realização do Proerd e Bombeiros do Futuro, desenvolvidos por forças de segurança, como exemplos positivos que atuam na orientação de crianças e adolescentes.
“Várias ações das instituições, das forças de segurança, no combate preventivo às drogas lícitas e ilícitas. É o momento de nós pensarmos um momento, dialogarmos para que nós possamos analisar desses males que assolam tanto a nossa sociedade”, comentou.
Elaboração do plano
O presidente do Conselho de Políticas sobre Drogas acredita que o plano fique pronto em torno de 6 meses. Esse período é necessário, pois nesse intervalo serão buscados alguns índices essenciais para a formulação do plano municipal. “Nós precisamos conhecer a nossa realidade para aprofundar nesses números, em dados para que possam vir a tona e porque muitas vezes eles estão faccionados, ou seja estão seccionados. E nesse momento, quando reúne esses dados e trata esses dados, você passa a ter então uma noção do que precisa ser planejado para mudar”, informou.