O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) emitiu uma nota esclarecendo à população que não utilizem medicamentos que contém hidroxicloroquina e cloroquina em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus. Apesar de algumas matérias informarem que este medicamento seria eficaz, ele ainda não foi testado pela Anvisa e, ao mesmo tempo, está ‘desaparecendo’ das farmácias e deixando quem precisa dele desamparado.
Segundo o Conselho Regional, o próprio Conselho Federal solicitou à ANVISA que torne obrigatória a prescrição médica para a dispensação e a comercialização dos medicamentos com hidroxicloroquina e cloroquina. O medicamento é utilizado em tratamentos de artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Nas últimas horas, as drogarias registraram um aumento desproporcional na aquisição destes medicamentos. e possivelmente esse evento se deve à veiculação de notícias e mensagens de que tais medicamentos podem ser utilizados no combate à contaminação pelo novo coronavírus.
“Nesse contexto da pandemia do COVID-19 recomendamos aos profissionais médicos que se atenham aos critérios clínicos para a prescrição destes medicamentos. À população em geral pedimos atenção para que evitem a automedicação e a aquisição e uso de medicamentos contendo a hidroxicloroquina e cloroquina de forma indiscriminada”, diz a nota.
Leia a íntegra:
Conscientes da gravidade da situação que o mundo está passando e do papel que podemos exercer como fonte de informação técnica confiável, o CRM-MT esclarece a população em geral e aos profissionais da área da saúde que não há recomendação da ANVISA ou do CFM, até o momento, para a utilização de medicamentos que contêm hidroxicloroquina e cloroquina em pacientes infectados ou mesmo como forma de prevenção à contaminação pelo novo coronavírus.
O próprio CFM solicitou à ANVISA, nesta data, que no cenário atual torne obrigatória a prescrição médica para a dispensação e a comercialização dos medicamentos com hidroxicloroquina e cloroquina.
Nas últimas horas, as drogarias registraram um aumento desproporcional na aquisição destes medicamentos e possivelmente esse evento se deve à veiculação de notícias e mensagens de que tais medicamentos podem ser utilizados no combate à contaminação pelo novo coronavírus.
Como consequência, esses medicamentos já estão faltando para aqueles pacientes que deles precisam no tratamento da artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Nesse contexto da pandemia do COVID-19 recomendamos aos profissionais médicos que se atenham aos critérios clínicos para a prescrição destes medicamentos.
À população em geral pedimos atenção para que evitem a automedicação e a aquisição e uso de medicamentos contendo a hidroxicloroquina e cloroquina de forma indiscriminada.
O momento pede que pensemos no bem estar coletivo, a aquisição de medicamentos que contenham aquelas substâncias para uso fora das indicações aprovadas pela ANVISA, coloca em risco a saúde das pessoas que os utilizam para tratamento da artrite, lúpus eritematoso, doenças fotossensíveis e malária.
Sobre o assunto, recomendamos ainda a leitura da Nota Técnica sobre Cloroquina e Hidroxicloroquina elaborada pela ANVISA.
Atenciosamente,
Dra. Hildenete Monteiro Fortes
Presidente do CRM-MT