Um exemplar raro da espécie Dracaena paraguayensis, conhecido popularmente como “Víbora do Pantanal“, foi resgatado por uma equipe do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad) nesta quarta-feira (22), na região da Transpantaneira, em Poconé, a 104 km de Cuiabá. A operação aconteceu após a diminuição dos incêndios no município.
A víbora foi avistada pelos voluntários durante uma busca ativa em colaboração com brigadistas, explorando áreas afetadas pelo fogo em busca de animais para resgate. Embora não apresentasse ferimentos, o lagarto demonstrava sinais visíveis de cansaço. Carla Sássi, coordenadora do Grad, ressaltou a raridade da espécie, caracterizada por hábitos solitários e dificuldade de visualização, sendo catalogada como específica do Pantanal desde a década de 1950.
“A víbora é um lagarto semiaquático, alimentando-se de moluscos. Sua observação é desafiadora, dada sua natureza tímida, que a faz fugir ao menor sinal de ameaça ou permanecer imóvel e camuflada na vegetação. Infelizmente, é uma espécie pouco estudada”, declarou Sássi. O animal permaneceu sob observação por 24 horas antes de ser realocado em um ambiente seguro e distante do fogo, na quinta-feira (23).
“Ela foi encontrada em boa saúde, apesar de estar em uma área totalmente degradada pelo fogo, então nossa equipe realizou o resgate. O animal estava bem, tanto que bebeu bastante água e se alimentou”, explicou a coordenadora. O resgate contribui não apenas para a preservação da fauna local, mas também para a compreensão e proteção de uma espécie única na região pantaneira.
Descobrindo a “Víbora do Pantanal”: Uma Espécie Exclusiva e Misteriosa
A região do Pantanal, conhecida por sua biodiversidade única, revelou mais um tesouro natural: a “Víbora do Pantanal” (Dracaena paraguayensis). Essa espécie de lagarto, apesar de sua notoriedade entre os especialistas, permanece misteriosa e pouco compreendida devido à sua natureza elusiva.
Características Distintas: A “Víbora do Pantanal” destaca-se por suas características singulares. Pertencente à família dos lacertídeos, esse lagarto semiaquático é adaptado às áreas úmidas do Pantanal, onde se alimenta principalmente de moluscos. Sua coloração e padrões de camuflagem o tornam um mestre na arte de se ocultar na vegetação local, o que dificulta ainda mais sua observação.
Hábitos e Comportamento: Descrita pela primeira vez na década de 1950 como uma espécie específica do Pantanal, a víbora é conhecida por seus hábitos solitários. É notável por sua reação tímida e evasiva diante de ameaças, fugindo rapidamente ou mantendo-se imóvel para se camuflar na vegetação circundante. Esses comportamentos, aliados à sua dificuldade de visualização, contribuem para a escassez de informações científicas sobre essa espécie intrigante.
Resgate Recente: Recentemente, uma equipe do Grupo de Resgate de Animais em Desastres (Grad) resgatou um exemplar da “Víbora do Pantanal” na região da Transpantaneira, em Poconé. Encontrada sem ferimentos aparentes, mas visivelmente cansada, a víbora foi submetida a 24 horas de observação antes de ser realocada para um ambiente seguro, longe dos efeitos dos recentes incêndios na região.
Desafios e Conservação: A preservação da “Víbora do Pantanal” enfrenta desafios, incluindo a degradação do habitat devido a incêndios e outros impactos ambientais. Seu status como uma espécie pouco estudada destaca a necessidade de esforços contínuos de pesquisa e conservação para garantir sua sobrevivência e compreensão adequada.
A descoberta e o resgate recentes ressaltam a importância de iniciativas como o Grad, que desempenham um papel crucial na proteção da fauna pantaneira e na busca por respostas sobre espécies tão fascinantes e enigmáticas como a “Víbora do Pantanal”.