Mãe e filha se reencontraram depois de 45 anos separadas em Mato Grosso. Maria Saturniana de Oliveira Barros e Maria Lourenço da Silva, mãe e filha, foram separadas depois que a filha foi raptada e abusada na infância, no interior de Mato Grosso.
Elas se reencontraram depois que uma pessoa reconheceu Maria Lourenço e comunicou à Polícia Civil. A filha mora em Cuiabá e a mãe em Porto Estrela, Mato Grosso.
Maria Saturniana não aprendeu a ler e escrever. Ela teve 14 filhos.
Depois que foi levada da mãe, Maria viveu de casa em casa, passou por São Paulo, Brasília e, por ser órfã, chegou a ser levada para a antiga Febem, em São Paulo.
“Eu queria saber quem que eu era, perguntava ‘cadê minha mãe?’. Chorava muito e pedia muita, muita força para Deus”, contou a vítima.
Depois, ela voltou para Cuiabá. Maria teve filhos e hoje é avó. Ela ganha a vida vendendo açaí, pastel e suco na frente de casa em Cuiabá.
Anos carregando uma angústia, ela decidiu procurar a Polícia Civil. Fotos e reportagens foram divulgadas no estado, até que uma moradora percebeu uma semelhança e conhecia uma pessoa que poderia ser a mãe de Maria.
A Polícia Civil encaminhou as duas para o teste de DNA e a resposta veio em março deste ano: positivo.
Emocionada, a idosa agradeceu à polícia.
“Eu sabia que ia achar minha filha um dia. Acharia um filho de Deus para me ajudar”, afirmou.
Depois desse dia, por causa do novo coronavírus, elas não se viram mais, a não em chamada de vídeo.