Um levantamento feito por um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aponta que as queimadas aumentam a quantidade de poluição em Cuiabá.
De acordo com a pesquisa, as queimadas provocadas durante o período de seca influenciam para que a concentração de partículas inaláveis na capital seja acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), influenciando negativamente no clima da cidade e na saúde física da população.
O estudo, feito em 2019, teve como objetivo verificar se as queimadas ocorridas no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães poderiam afetar as concentrações do poluente em Cuiabá.
Durante a noite, por causa da inversão térmica, foram encontradas concentrações de poluição chegando a 86,3 µg/m³, com uma média diária de 70,1 µg/m³, sendo que o recomendado pela OMS é que não supere 50 µg/m³.
É necessário ressaltar que as altas concentrações também são causadas pelas queimadas que ocorrem em Cuiabá.
De acordo com o autor do estudo e professor do Departamento de Geografia, Rodrigo Marques, no período noturno a concentração é maior por causa da inversão térmica, que é comum nos períodos secos e forma uma camada de ar frio próxima da superfície que impede a dispersão dos poluentes.
Ele explica que essas inversões prendem a fumaça e funcionam como se fossem uma tampa. Assim, forma-se uma névoa que não é de umidade, mas sim de fumaça.