Quatro réus alvos da Operação Cerco Fechado, conduzida em abril do ano passado pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) de Barra do Garças-Mato Grosso, foram sentenciados a mais de 30 anos de prisão. Os condenados, pertencentes a uma organização criminosa sediada em Recife (PE), foram julgados pelo crime de extorsão, cujas ordens partiam de dentro de um presídio no interior pernambucano.
Segundo a sentença proferida, um dos réus recebeu pena de seis anos e quatro meses de reclusão; outro foi condenado a oito anos e 10 meses de reclusão; um terceiro recebeu uma pena de sete anos e sete meses de reclusão; e o último foi sentenciado a oito anos e 10 meses de reclusão.
De acordo com o Gaeco, que é uma força-tarefa permanente composta pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar, as extorsões ocorreram em Barra do Garças. A denúncia detalha que os réus afirmavam ser membros de uma determinada facção criminosa, ameaçando as vítimas e seus familiares por meio das redes sociais.
Segundo o Gaeco, os réus utilizavam nomes de membros conhecidos e temidos na região para intimidar as vítimas com ameaças de represália. Três dos condenados estão detidos em Igarassu-PE. A Defensoria Pública do Estado de Pernambuco chegou a solicitar a revogação da prisão preventiva de um deles, porém, o pedido foi negado pelo Poder Judiciário de Barra do Garças.