Quarto maior município de MT, Sinop completa 46 anos de história

Fonte: G1 MT

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Foto: Drone Cuiabá

Quarto maior município de Mato Grosso, Sinop completa 46 anos de fundação neste mês. Tem o 5º melhor Produto Interno Bruto (PIB) do estado e é um dos cinco responsáveis por quase metade do PIB do estado, segundo o último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), junto com Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso.

Considerada capital da região norte, tem o 38º PIB per capita de Mato Grosso, de R$ 41,4 mil. Em 2014, renda média para cada habitante era de R$ 33,8 mil.

As principais atividades econômicas desenvolvidas na região são a agropecuária, indústria e serviços. São mais de 11 mil empresas em funcionamento no município.

Em número de habitantes, só perde para Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis.

Sinop em números

  • Área territorial: 3.941,958 km²
  • População estimada: 146 mil habitantes (estimativa do IBGE de 2020)
  • PIB per capita: R$ 41,4 mil
  • Bairros: 214
  • Matriculados na escola: 34.711
  • Frota de veículos: 104 mil
  • Número de empresas e organizações atuantes: 5.242
  • Pessoal ocupado: 44.893
  • Pessoal ocupado assalariado: 37.449
  • Salário médio mensal por pessoa: 2,4 salários
  • Lavouras: 896 hectares permanentes e 154.802 hectares temporárias
  • Estabelecimentos agropecuários: 936
  • Trabalhadores do agro: 3.299

Em 2018, o salário médio mensal em Sinop era de 2,4 salários mínimos, o que coloca a cidade na 53ª posição entre os municípios mato-grossenses nesse quesito.

Está entre as 40 cidades com maior número de moradores alfabetizados.

Mais da metade da população é católica.

A cidade fundada no dia 14 de setembro de 1974 integra o Portal do Agronegócio, classificação atribuída pelo Ministério do Turismo, que permite o poder público identificar as potencialidades dos municípios neste nicho e estruturar a promoção do turismo, investimentos e políticas públicas voltadas aos desenvolvimentos econômico e social.

O nome do município surgiu da sigla da Sociedade Imobiliária Noroeste do Paraná (Sinop), criada pelo fundador da cidade, Ênio Pipino, em 1948, e considerada a mais antiga empresa de colonização do país.

As famílias pioneiras de Sinop se mudaram, em sua maioria, dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Com mais demanda, capacidade produtiva e mão de obra para atender, a cidade viu o número de empresas crescer. Dados da prefeitura apontam que no período de 2008 a 2017, 21.136 empresas dos ramos industrial, comercial e de prestação de serviços fixaram-se em Sinop. O número de empresas no município cresceu cerca de 150% em 10 anos.

No quesito exportação as produções do município chegam a 22 países do mundo, segundo a prefeitura. Os principais produtos exportados são: soja, carne, milho e madeira.

No artigo ‘Reflexões acerca da história de Sinop: imigração e fronteira agrícola’ o escritor Edison Antônio de Souza conta que a história oficial de Sinop começou em 1970, quando a Colonizadora Sinop S/A iniciou, por via aérea, o reconhecimento do local para implantação da Gleba Celeste.

Essa área denominada Gleba Celeste tinha cerca de 645 mil hectares. Na altura do km 500 da BR-163 (Cuiabá-Santarém), a área se dividiu em sítios, fazendas e chácaras, propiciando o surgimento de cidades como Sinop, Vera, Santa Carmem e Cláudia.

Quase cinco décadas depois, a região formada pelos quatro municípios soma quase 170 mil habitantes (2018), respondendo por uma produção de mais de dois milhões de toneladas de milho, 1,6 milhão de toneladas de soja e 143,7 mil cabeças de gado bovino, segundo dados do IBGE de 2017. O Produto Interno Bruto (PIB) é de R$ 6,35 bilhões.

Estima-se que a área para implantação do projeto de colonização adquirido, inicialmente, correspondia a 199.064.89 hectares correspondendo a 214 lotes por compra de Martin Jorge Phillip, cujo ponto de referência para delimitação foram os marcos dos rios Teles Pires, Caiabi e Tartaruga.

“Após o sobrevoo sobre a região, foi identificada mais ou menos a área adquirida. Após o reconhecimento aéreo, uma equipe de 400 homens liderada pelo Sr. Ulrich Grabert, membro da direção da empresa, começou os trabalhos de demarcação da área, com tratores e máquinas enviados do Paraná, para a construção de balsas e pontes”, explica Edison no artigo.

Conforme o documento, as primeiras casas foram construídas provisoriamente de lona e, mais tarde, de madeira.

“Foram iniciados também os serviços de desmatamento e terraplanagem, com abertura das primeiras ruas, avenidas e estradas vicinais. A partir de então um ritmo frenético toma conta da cidade, com centenas de árvores sendo derrubas em nome do ‘progresso’”, descreve Edison.

Sou Dayelle Ribeiro, redatora do portal CenárioMT, onde compartilho diariamente as principais notícias que agitam o cotidiano das cidades de Mato Grosso. Com um olhar atento para os eventos locais, meu objetivo é informar e conectar as pessoas com o que acontece em suas cidades. Acredito no poder da informação como ferramenta de transformação e estou sempre em busca de trazer conteúdo relevante e atualizado para nossos leitores. Vamos juntos explorar as histórias que moldam nosso estado!