A Promotoria de Justiça de Cotriguaçu, localizada a 950 km de Cuiabá, apresentou uma denúncia contra um vereador e outro indivíduo por crimes ambientais praticados em um sítio na zona rural do município
. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), os denunciados foram acusados de “terem em depósito e armazenado 189 m³ de madeira sem licença válida”, causando danos diretos à Unidade de Conservação Parque Estadual Igarapés do Juruena.
O MPMT solicitou o pagamento de um valor mínimo de R$ 113.400,00 como forma de reparação pelos danos causados ao meio ambiente. De acordo com a denúncia, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) realizou uma fiscalização na Unidade de Conservação e encontrou madeira em toras e lotes de madeira serrada no Sítio Nossa Senhora da Penha, sendo que as mesmas estavam ocultas com palhas de coqueiros para evitar a fiscalização ambiental.
Conforme as investigações, a madeira apreendida pertence ao vereador Joaquim de Jesus, atualmente em cargo na administração municipal de Cotriguaçu, e o outro denunciado, Eles dos Santos Tosta, era responsável por esconder o produto florestal em seu sítio.
O promotor de Justiça Cristiano de Miguel Felipini argumentou que “o sítio onde a madeira foi apreendida está situado na divisa com o Parque Estadual Igarapé do Juruena. Portanto, é evidente que os denunciados causaram danos diretos a essa Unidade de Conservação com a extração ilegal de madeira do local”.