Desenvolvido no Centro de Ressocialização de Sorriso, o Projeto Renascer emprega atualmente 51 reeducandos em diversas atividades laborais, entre elas a marcenaria, onde são produzidas, em média, 40 peças de móveis rústicos ao mês.
Na marcenaria, que foi ampliada no último ano, 30 reeducandos trabalham na fabricação de móveis, brinquedos e objetos para jardins. A matéria-prima para a produção vem de doações de instituições e de outros parceiros do município.
“O que arrecadamos na venda dos móveis e objetos vai uma parte para os reeducandos e outra para a compra de insumos. Com isso, ofertamos um trabalho aos reeducandos que podem se qualificar e ter uma atividade profissional quando saírem daqui”, explica o diretor da unidade prisional, Enilson Castro.
Quem deseja adquirir os móveis pode procurar a unidade prisional, localizada na Rua São Cristóvão, bairro Jardim Califórnia. A marcenaria também trabalha com móveis sob encomenda.
Capacitação profissional
No ano passado, por meio de parcerias com instituições do município, o Centro de Ressocialização ofertou seis cursos de qualificação aos recuperandos. Em média, 15 participaram de cada curso: Confecção de bonecas de pano; reaproveitamento de madeira; revestimento em cerâmica; pintura predial; libras e classificação de grãos que foram ofertados pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) prisional, Prefeitura de Sorriso, Senar e Senai-MT.
O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Emanoel Flores, destaca a importância dos cursos de qualificação no processo de ressocialização. “Com um curso que o qualifica em uma atividade, o reeducando tem melhores chances de conseguir um emprego remunerado quando sai da unidade prisional, o que possibilita sua reinserção ao meio social”.
A qualificação dos reeducandos também se reverte na manutenção da unidade prisional. Reparos e manutenções nas instalações prediais, elétrica e hidráulica são feitos por eles, desonerando os custos para o poder público.
“Proporcionando qualificação damos oportunidade para que o reeducando se ocupe enquanto está aqui dentro e possibilitamos que ele adquira uma formação que poderá ser aproveitada dignamente quando sair daqui. E a parceria das instituições, que ofertam todos os cursos e materiais, é fundamental para conseguirmos essas qualificações”, observa Castro.