Projeto de pesquisa da UFMT promove monitoramento da BR-163

Fonte: Assessoria

Projeto de pesquisa da UFMT promove monitoramento da BR-163
Foto: Nova Rota

A BR-163 é uma dos principais caminhos rodoviários do Estado de Mato Grosso. Atualmente a rodovia é espaço para inovação através de projeto de pesquisa desenvolvido pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) na Faculdade de Arquitetura, Engenharias e Tecnologia (FAET). A inovação já rende frutos como o reconhecimento da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), com o projeto disputando o Prêmio ANTT – Destaques 2025.

O projeto é coordenado pelo professor Raoni Teixeira, da FAET, e surgiu a partir do diálogo com a administradora da concessão da rodovia, a Rota do Oeste. “Essa é uma ideia antiga. Sugeri para Rota do Oeste antes da pandemia mas não havia recursos e interesse na época. Depois, com a recuperação econômica, a diretoria de pavimentos procurou, construímos um projeto e apresentamos a ANTT. Como os resultados foram positivos, 6 meses depois apresentamos outro e agora nesse ano mais outro”, relatou o professor.

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O docente explica que o mote do projeto é a agilidade na correção de problemas na rodovia. “A ideia principal é reduzir o tempo para correção de um problema na rodovia. No monitoramento convencional, uma equipe passa pela rodovia, analisa, anota o que encontrou e reporta. Mas bem sempre tudo é percebido e reportado”, explicou o professor Raoni Teixeira. O projeto é finalista na categoria Gestão de Obras e Investimentos do Prêmio ANTT – Destaques 2025 ao lado de iniciativas desenvolvidas por outras concessionárias de rodovias brasileiras.

O funcionamento da ideia é baseado no monitoramento contínuo de problemas como caminho para manutenção. “Com o projeto assim que a van passa por uma placa faltante por exemplo, descobrimos e incluímos um registro no sistema de manutenção. No caso de um buraco, a eficiência é ainda maior pq conseguimos detectar trincas (o início da panela) e a equipe de engenharia pode fazer a manutenção antes que se torne uma panela ou buraco”, contou o professor Raoni Teixeira.

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Alunos participaram de diferentes etapas do processo

A descrição do projeto mostra que os trabalhos não geram apenas tecnologia de ponta, mas também funciona como um laboratório de formação em Inteligência Artificial no Estado. “Os alunos participam desse processo e são formadas para resolver problemas semelhantes. Há um componente de desmistificar o desenvolvimento tecnológico também”, relata o professor Raoni Teixeira sobre o projeto que empregou e capacitou 15 estagiários de graduação, oferecendo experiência prática em um ambiente de pesquisa e desenvolvimento real e financiado pela ANTT.

Turmas do curso de Engenharia de Computação, especificamente das disciplinas de Inteligência Artificial, puderam conhecer de perto o projeto e as etapas de desenvolvimento, conectando a teoria ensinada em sala de aula com a aplicação prática e real. “Trata-se de uma tecnologia de ponta desenvolvida localmente. Não estamos apenas comprando soluções prontas, estamos construindo nossas próprias usando outras tecnologias”, pontuou o professor. Atualmente, ex-estagiários do projeto atuam com desenvolvimento de Inteligência Artificial em empresas locais.

“Nossos ex-alunos já foram contratados para participar de outros projetos na área. Sem as parcerias não temos condições de mostrar como o desenvolvimento funciona na prática. Não há dados reais disponíveis. Toda a construção é simplificada na sala de aula. Na prática, encontramos muitos problemas que ficam latentes (escondidos) na teoria”, finaliza o professor.

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Jornalista formado (DRT 0001781-MT), atua no CenárioMT na produção de conteúdos sobre política, economia, esportes e temas do agronegócio em Mato Grosso. Com experiência consolidada na redação e apuração regional, busca entregar informação clara e contextualizada ao leitor. Aberto a pautas e sugestões. Contato: [email protected] .