O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Mato Grosso foi novamente reconhecido por seu trabalho em prol da segurança hídrica e da sustentabilidade.
O projeto de gestão de águas do Incra/MT, que foca na implementação de Tecnologias Sociais e Educação Ambiental em Comunidades do Alto Pantanal Mato-Grossense, recebeu sua nona premiação: o “Prêmio Arara – Iniciativas Sustentáveis”, promovido pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (CREA-MT).
A solenidade de entrega ocorreu na noite de 11 de dezembro de 2025, na sede do CREA-MT, em Cuiabá. O projeto do Incra/MT conquistou o primeiro lugar na categoria “Gestão de Recursos Naturais e Conservação”, que reconhece iniciativas voltadas à preservação e ao uso racional de recursos naturais.
Tecnologias sociais levam água ao Pantanal
O projeto, que está em funcionamento desde 2009, aborda a crítica situação da segurança hídrica no Alto Pantanal, uma região conhecida pela abundância de água, mas que sofre com a escassez durante o período de seca (maio a outubro).
A iniciativa utiliza tecnologias sociais de baixo custo e alta replicabilidade, alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Como exemplo, o projeto foi implantado em 42 famílias do assentamento Rancho da Saudade, onde foram construídas 128 “barraginhas” e 23 “quebra-molas” em estradas vicinais. O objetivo é reter e direcionar as águas das chuvas para aumentar a recarga do aquífero local, atendendo às necessidades hídricas de 160 famílias e duas escolas rurais.
O coordenador e um dos autores da proposta, o engenheiro agrônomo Samir Curi, celebrou o nono prêmio nacional, classificando-o como um feito histórico após 15 anos de trabalho. Ele destacou que o reconhecimento reforça a eficácia das soluções simples na agricultura familiar.
A equipe responsável pelo projeto é composta por diversos profissionais do Incra e professores doutores da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), como a professora Solange Aparecida Arrolho da Silva, que reforça a importância de levar segurança hídrica a agricultores familiares que, surpreendentemente, ainda sofrem com a falta de água no Pantanal e na Amazônia.






















