Um projeto pioneiro da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso está oferecendo novas perspectivas para mulheres que enfrentam situações de violência doméstica. Intitulado ‘Cartório Inclusivo: integrar para valorizar’, o projeto prevê a criação de 86 vagas de trabalho em cartórios de registro civil para mulheres vítimas de violência doméstica.
Com a adesão de mais de 80 dos 257 cartórios de registro civil em todo o estado, o projeto visa destinar 10% das vagas de trabalho disponíveis para mulheres que buscam reconstruir suas vidas após enfrentarem situações de violência.
Um dos primeiros cartórios a aderir ao projeto está localizado no Distrito Coxipó do Ouro, em Cuiabá, demonstrando o compromisso da iniciativa em abraçar a causa e proporcionar oportunidades de emprego para as mulheres em situação de vulnerabilidade.
O processo para participar do projeto é simples: após registrar a ocorrência, a vítima é encaminhada ao projeto pelo magistrado responsável pelo caso. Caso demonstre interesse, ela é encaminhada à equipe psicossocial da comarca, onde preencherá um formulário com suas qualificações e experiências. Esse documento será então enviado à Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário de Mato Grosso (Cemulher-MT) para análise. Posteriormente, a coordenadoria informará aos cartórios a disponibilidade da vítima para entrevistas de emprego. Após aprovação, a mulher passará por capacitação antes de assumir a vaga.
O projeto está em fase de sensibilização e espera-se a adesão do maior número possível de instituições. Os cartórios que aderirem ao projeto receberão um selo ‘Cartório Inclusivo’, que identificará a sua participação nessa iniciativa.
Além da Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, são parceiros do projeto a Associação dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (Anoreg-MT), o Sindicato dos Notários e Registradores do Estado de Mato Grosso (SINOREG/MT), a Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado do Mato Grosso (Arpen-MT), o Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (IRIB) e a Cemulher-MT.