A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat) deliberou, em assembleia realizada na tarde desta quinta-feira (14), um indicativo de greve dos professores em resposta à crítica defasagem salarial que assola a categoria.
O movimento, respaldado pela maioria dos professores presentes, agora segue para avaliação do Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior (Andes), que discutirá a possível deflagração da greve em uma audiência agendada para o dia 22 de março.
A defasagem salarial, que já atinge cerca de 50% dos vencimentos da categoria, tem sido motivo de insatisfação entre os professores, o que levou a Adufmat a considerar a adesão ao movimento grevista nacional como forma de protesto.
Além da questão salarial, os docentes manifestam preocupação com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, que propõe mudanças significativas no serviço público, incluindo avaliações de desempenho e seleções simplificadas para vagas temporárias, entre outras medidas consideradas prejudiciais.
Paralelamente, os técnicos administrativos da universidade já iniciaram uma paralisação nesta quinta-feira (14), integrando um movimento nacional que prevê a manutenção dos setores da instituição em funcionamento com apenas 30% da capacidade.
Em comunicado oficial, os servidores destacam a preocupação com a atual gestão da universidade, que enfrenta desafios como cortes de recursos, achatamento salarial e falta de pessoal, contribuindo para uma situação de precariedade que afeta toda a comunidade acadêmica.