Toneladas de papéis de processos físicos do Fórum de Cuiabá estão sendo reciclados após serem digitalizados. Nessa primeira etapa foram mais de 20 mil processos que passaram por uma triagem, foram analisados e descartados. Alguns ainda são mantidos.
Em uma pilha de processos, alguns estão amarelados de tão antigos que são. Alguns tem até 40 anos e agora serão descartados.
Na triagem, antes do descarte, são avaliados e vão além do tempo em que a ação foi finalizada. O diretor do Fórum de Cuiabá, Lídio Modesto da Silva Filho, conta que os processos de valores históricos são mantidos.
“Os documentos de valores históricos podem ser mantidos. Como por exemplo, um processo que envolva o grandioso mato-grossense Marechal Rondon. Nós podemos ter processos que tenham ele como parte e esse processo merece ser guardado porque não é de interesse apenas do estado de Mato Grosso, é de interesse mundial”, afirma.
Com isso, o arquivo do Fórum de Cuiabá vai aos poucos ganhando espaço nas prateleiras.
“Para que possamos ter um ambiente mais fluido, mais arejado, há a necessidade de esvaziamento desse espaço que, inclusive, já está danificando as prateleiras girantes. Segundo orientações feitas pelo Tribunal de Justiça e pelo Conselho Nacional de Justiça, ele obedece inclusive as orientação da Organização Mundial da Saúde que tem os objetivos de desenvolvimento sustentável”, afirma o juiz.
Toda a papelada é levada para uma cooperativa de materiais recicláveis. Aqui os papéis são pesados, passam por processos de triagem, depois são triturados, prensados e então encaminhados para indústrias onde são reciclados.
A gestora administrativa do Fórum de Cuiabá, Roberta Soares de Moraes Muller, conta que já foram eliminados aproximadamente 30 mil kg de papel.
“Buscando não só a questão da sustentabilidade, da questão ambiental que acaba refletindo também, mas na parte social das cooperativas porque a demanda é muito grande. Em um primeiro momento a gente eliminou aproximadamente 30 mil kg de papel”, afirma.
