Devido ao risco iminente de novos desabamentos da estrutura incendiada do prédio da Realmat, atingida pelo incêndio de grandes proporções no último sábado (5.12), e em decorrência de ainda haver material combustível em processo de queima, os trabalhos periciais pela Politec estão limitados a inspeção visual com uso de drones, análise de mídias, outros recursos periciais que não sejam perícia de local propriamente.
Em uma das incursões foi possível a coleta de gravadores de câmeras de segurança (DVR´s) que serão enviadas à Gerência de Perícias de Computação Forense para a possível extração de dados. Caso o material audiovisual esteja preservado, elas também serão analisadas pela perícia.
Durante os exames periciais preliminares, na região posterior do prédio da Realmat, a perícia constatou que na área mais afetada pelo incêndio, os equipamentos de gravação não foram totalmente danificados.
No momento os trabalhos realizados pela Polícia Judiciária Civil, Defesa Civil, Politec, com apoio de empresários locais é de reduzir as áreas de risco da circunvizinhança. Uma das medidas que estão sendo avaliadas pela Defesa Civil e Politec é a demolição da fachada central nos próximos dias para reduzir o risco de acidentes.
Segundo a perita oficial criminal, Telma Jakeline Greicy Kirchesch, o local ainda é crítico para a realização dos trabalhos periciais. Após este processo, dar-se-á início à perícia de local, onde se buscará as possíveis causas do incêndio. Por enquanto a perita não descarta nenhuma possibilidade.
“Entrei na parte frontal do prédio onde foram extraídos alguns materiais que podem ter imagens do circuito interno de segurança. No local as imagens não eram registradas na nuvem e sim no aparelho físico que coletamos e enviaremos para análise”, pontuou.
A estimativa da perita é que os levantamentos no local durem em média trinta dias. Após este processo será elaborado o laudo pericial contendo as causas do incêndio, se a natureza foi acidental ou criminosa, e definida a dinâmica dos fatos.