Gisela Guth de Araújo, a primeira pastora evangélica ordenada no Estado de Mato Grosso, faleceu vítima da Covid-19. Ela estava há 27 dias internada na UTI do Complexo Hospitalar de Cuiabá, onde seu estado de saúde se agravou rapidamente nesses últimos dias e, mesmo recebendo todo o apoio médico necessário, não resistiu às complicações da doença.
Família, discípulos, pastores e amigos, a descrevem como uma mulher visionária, com chamado apostólico, profético, apaixonada pela obra missionária, que entendia sua vocação e seu chamado. Não se acovardou diante da grandiosa missão de propagar o evangelho de Jesus Cristo.
“Hoje, não somente seus filhos, filhas, genros, noras, netos, netas, bisnetos e bisneta, mas também milhares de outras vidas alcançadas pelo seu ministério, ficam órfãos dessa grande mãe, que hoje retorna para o Pai mas deixa inúmeros discípulos e um grande legado”.
Gisela Guth de Araújo concorreu ao Senado no ano de 2006. Deixou manifesto o seu caráter aprovado e seus inúmeros serviços prestados à família, à igreja, à sociedade, à política em Mato Grosso e no Brasil.
“Resta-nos a saudade e o compromisso em continuar o legado que deixou nestes 40 anos de trabalhos missionários, pastorais, proféticos, sociais e espirituais que realizou com coragem, fé, determinação e bravura até o dia 28 de novembro, dia em que recebeu o diagnóstico de Covid-19, o vírus maldito, como ela o chamava”, disseram os familiares.
“Sabemos que ela estará num lugar maravilhoso ao lado de Jesus, sua grande paixão, seu grande amor e a sua razão de existir e de viver até a eternidade: Jesus! Por isso mama querida, mamys poderosa, mami, mãezinha e vózinha linda, em breve haveremos de nos reencontrar no grande dia do Senhor, onde morte e choro, nunca mais!!! Receba o nosso amor mama, te amaremos eternamente e até breve! Família Araújo”.
Leia a nota da família de Gisela:
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.”
(Lc 4:18,19).
Essa foi a vocação, o chamado, a missão da Apóstola Gisela Guth de Araújo, nascida em Baepensi-MG no dia 16/06/1946, se despontando como a primeira Pastora do Estado de Matogrosso, aos seus 38 anos de idade.
Como pastora, esposa, mãe de 5 filhos, 2 genros, 3 noras, 8 netos, 6 netas, 2 bisnetos e 1 bisneta, passou mais de 40 anos, de forma incansável, pregando a Palavra, resgatando vidas, acolhendo, conselhando, direcionando, discipulando, liderando, se doando no preparo da noiva para o encontro com o Noivo, Jesus!
Em Mato Grosso visitou os 141 municípios e orou com cada prefeito, os quais, solenemente, fizeram a entrega da chave da cidade para o Senhor Jesus!
Como se não bastasse, foi à Brasília e fez o mesmo com o presidente Bolsonaro, momento em que ela lhe entregou uma chave e um decreto, para que o Presidente realizasse um ato profético de entrega do Brasil ao Senhor Jesus, o qual se comprometeu em fazê-lo.
Apóstola Gisela era uma mulher com chamado apostólico, profético, visionária, apaixonada pelo Pai, que entendia sua vocação e seu chamado. Não se acovardou diante de tão grande e desafiadora missão.
Sem medo dos opositores e daqueles que certamente a questionariam, seguiu sem temor, sabendo que viver é Cristo, não buscou o que era seu próprio, mas o que era de Cristo, cuidando, com sinceridade, dos interesses do Reino de Deus, a quem ela chamava íntima e carinhosamente de Papi.
Viveu os últimos anos de sua missão pastoreando pastores.
Deixou manifesto o seu caráter aprovado servindo ao evangelho do nosso Senhor Jesus. Em nada foi envergonhada; antes, com toda a ousadia, como sempre, e também agora, será Cristo engrandecido no seu corpo, quer pela vida, quer pela morte.
Porquanto, para ela, o viver sempre foi Cristo, e o morrer, agora, é seu lucro, sua recompensa, pois vai ao encontro do grande amor da sua vida, Jesus!
Hoje, não somente seus filhos, filhas, genros, noras, netos, netas, bisnetos e bisneta, mas também milhares de outras vidas alcançadas pelo seu ministério, ficam órfãos dessa grande mãe, que hoje retorna para o Pai mas deixa inúmeros discípulos.
Se lhe fosse oportunizado dizer suas últimas palavras, cremos que diria:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.”
2 Timóteo 4:7-8
Nosso até Breve mama, mamys poderosa, mãezinha e vózinha linda!
A nossa família e essa grande família de Cristo que te ama e te amará eternamente!