Presa sob a suspeita de matar a filha de dois meses, a mulher de 31 anos, teve que receber atendimento médico depois que foi agredida por colegas de cela da Cadeia Pública de Rondonópolis (a 216 quilômetros de Cuiabá), na noite desta terça-feira (02). O marido dela de 27 anos, também está preso, desde o último dia 29, data da morte da criança em decorrência de traumatismo craniano.
A criança deu entrada às 04h30, da última sexta-feira (29), com sinais de maus tratos e morreu por volta das 5h10. A médica plantonista confirmou que a bebê de dois meses de vida já chegou com os sinais vitais fracos, sendo constatado presença de hematoma na cabeça da criança.
A mãe relatou que tinha saído durante a noite para comprar bebida e deixado a menina sob os cuidados do pai. Ela contou que durante a madrugada, após ministrar algumas doses de dipirona, a filha começou a passar mal e passou a balançá-la e dar alguns tapas no rosto da filha para acordá-la, mas percebeu a gravidade do estado da criança e a encaminhou a unidade hospitalar, onde morreu.
O pai contou que a criança caiu da cama e bateu a cabeça. Tanto ele quanto a mãe são usuários de drogas e em janeiro deste ano, quando a menina nasceu, o hospital maternidade de Rondonópolis encaminhou ofício ao Conselho Tutelar, informando que a mãe usuária de drogas havia dado à luz a criança e necessitava de acompanhamento para recuperação da dependência química. Mas tão logo, a mulher foi encaminhada para tratamento, o Conselho Tutelar perdeu contato, até que tomou conhecimento da morte nesta sexta-feira.