Na tarde desta segunda-feira, 28, um grupo de trabalho formado por representantes do executivo municipal e vereadores debateram meios para que o serviço de Equoterapia seja inserido nos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de Nova Mutum.
A Equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências ou portadores de necessidades especiais.
Atualmente uma clínica particular oferece este atendimento em Nova Mutum. As sessões são feitas no Centro de Tradições Gauchas – Porteira da Amazônia.
O Conselho Federal de Medicina reconhece a Equoterapia como método eficaz, não apenas pelo potencial clínico de reabilitação de movimentos, mas também por suas propriedades de reintegração social e psicológica. Ao lidar com os cavalos e professores, pessoas com várias deficiências beneficiam-se da descontração para melhorar o aprendizado.
O grupo de trabalho pretende ampliar o debate identificando a população que necessita do atendimento, além de buscar parceiros que possam auxiliar no custeio das despesas, uma das estratégias é propor uma parceria a fundações ligadas a instituições financeiras.
O presidente da Câmara de Vereadores, Altair Albquerque avalia de maneira positiva a reunião e acrescenta que o diálogo entre o Executivo e o Legislativo visa atender esse pleito que é fundamental para inclusão. “Este é um assunto que já vínhamos debatendo, como esse serviço está sendo ofertado em nossa cidade, entendemos que juntos podemos buscar alternativas para que a equoterapia seja inserida no atendimento público, e com isso possamos atender a demanda que necessita desses atendimentos”, destaca.
Conforme o secretário chefe de Gabinete João Batista, esse assunto é de extrema importância diante dos grandes avanços que os pacientes apresentam com os tratamentos. “Esse é o momento de fomentarmos este assunto, sabemos que trata-se de um método complementar em que se o utiliza o cavalo como recurso educacional e psicoterapêutico. Queremos através desse grupo de trabalho debatermos os meios legais e viáveis para termos mais atendimento ofertado pela saúde pública”, afirma.
Além de vereador, Alexandre Tavares é pai de uma filha portadora da Síndrome da Transfusão Feto-Fetal (STFF) que afeta o desenvolvimento do cérebro. Segundo o vereador desde que sua filha passou a fazer as sessões de equoterapia houve evolução sem precedentes na coordenação motora, entre outros aspectos. “Minha filha iniciou as sessões com um ano e meio, de início o tratamento era feito em Cuiabá, uma vez por semana e desde que esse atendimento passou a ser ofertado em Nova Mutum ampliamos as sessões e os avanços na coordenação motora estão evoluindo cada dia mais, sem dúvida este é um serviço fundamental para a saúde e inclusão”, aponta.
Participaram da reunião, realizada na Prefeitura de Nova Mutum, o chefe de Gabinete João Batista, a secretária de Saúde Anke Schwabe, secretária de Educação e Cultura Elena Maria Maass Lima, o presidente da Câmara de Vereadores Altair Albuquerque, o vice-presidente Cristiano Bicô, primeiro-secretário Alexandre Tavares, e os vereadores Airton Pessi, Romeu Belém e Osmar Isoton.