Prefeito de cidade de Mato Grosso proíbe celebrações de Halloween nas escolas municipais

Prefeito de cidade de Mato Grosso proíbe celebrações de Halloween nas escolas municipais
Prefeito de cidade de Mato Grosso proíbe celebrações de Halloween nas escolas municipais

O prefeito de Pontes e Lacerda-Mato Grosso, Alcino Barcelos (Republicanos), anunciou no último domingo (29) que as escolas municipais estão proibidas de realizar celebrações do Halloween. A decisão foi tomada após denúncias de pais de alunos, que relataram a intenção de realizar uma festa de ‘Dia das Bruxas’ na Escola Municipal Sanaria Silvéria.

O prefeito esclareceu sua decisão em um vídeo publicado nas redes sociais, destacando que a proibição veio em resposta a essas denúncias, uma vez que muitos pais não têm condições financeiras para comprar fantasias, o que poderia constranger as crianças mais humildes.

Barcelos afirmou que é importante considerar a diversidade de situações familiares e financeiras dos estudantes, garantindo um ambiente inclusivo nas escolas. A proibição visa evitar que algumas crianças se sintam excluídas ou inadequadas devido à falta de recursos para participar das celebrações de Halloween.

A medida tem como objetivo preservar o bem-estar das crianças e promover um ambiente escolar mais igualitário e respeitoso. A decisão do prefeito tem sido apoiada por muitos pais e membros da comunidade educacional.

Origem do Halloween

Entre os rituais realizados, incluíam-se acender fogueiras, que serviam como guias para as almas dos mortos
Entre os rituais realizados, incluíam-se acender fogueiras, que serviam como guias para as almas dos mortos

A origem do Halloween remonta à Irlanda e está associada a um festival celta conhecido como Samhain. Este festival celebrava o fim do verão, o início do novo ano celta e as colheitas. Devido à popularidade do Samhain não apenas na Irlanda, mas também no Reino Unido, a Igreja Católica começou a observá-lo com atenção. No século 8, o Papa Gregório III (ou IV, a identificação exata é incerta) moveu o Dia de Todos os Santos, que originalmente era comemorado em 13 de maio durante o festival romano dos mortos, para 1º de novembro, coincidindo com a data do Samhain.

Essa mudança resultou na fusão de tradições pagãs do Samhain com os costumes católicos relacionados ao festival romano dos mortos. Tanto os pagãos quanto os cristãos acreditavam que na noite de 31 de outubro ocorria uma conexão ou encontro entre o mundo espiritual e o material. Muitos temiam que os espíritos, nesse período, pudessem causar malefícios às pessoas e às colheitas, o que levou à realização de diversos rituais.

Entre os rituais realizados, incluíam-se acender fogueiras, que serviam como guias para as almas dos mortos, assim como velas. Os celtas também costumavam jogar moedas em caldeirões, fazendo pedidos aos falecidos.

A tradição do “Trick or Treat” (Travessura ou Gostosura) também se originou desses rituais. As pessoas batiam de porta em porta em busca de “bolo de alma” (um tipo de bolo recheado com groselha) e, em troca, ofereciam orações pelos espíritos das famílias que doavam o bolo. Com o tempo, esse ritual evoluiu para crianças fantasiadas pedindo doces de porta em porta.

Outra prática comum para afastar os mortos era esculpir rostos em nabos, que eram utilizados como lanternas, semelhante ao que hoje fazemos com abóboras. Inicialmente, os nabos eram escolhidos devido à sua abundância na Irlanda, mas, posteriormente, quando a tradição se espalhou pelos Estados Unidos, as abóboras tornaram-se mais comuns.

Além dos rituais para afugentar os mortos, as celebrações em 31 de outubro também envolviam adivinhações para prever o futuro. Por exemplo, uma pessoa retirava um repolho ou couve da terra, e com base no sabor e forma do vegetal, obtinha pistas sobre a profissão e personalidade de seu futuro cônjuge.

Quanto à origem do nome Halloween, ele resulta da junção de “Hallow”, que é um termo antigo que se refere a “santo”, com “eve”, que significa “véspera”. Dessa forma, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos deu origem ao termo Halloween.

Jornalista apaixonada por astrologia, bem-estar animal e gastronomia. Atualmente, atuo como redatora no portal CenárioMT, onde me dedico a informar sobre os principais acontecimentos de Mato Grosso. Tenho experiência em rádio e sou entusiasta por tudo que envolve comunicação e cultura.