O prefeito de Poconé (102km de Cuiabá), Tatá Amaral (DEM), afirmou que a polêmica proibição ao consumo de tereré e narguilé em espaços públicos veio de orientação de um promotor de justiça, como forma de coibir o aumento do número de casos do novo coronavírus (Covid-19) na cidade.
“Nós tivemos uma reunião com o promotor de justiça, e o promotor alegou muito bem essa situação, e pediu para que nós incluíssemos em nosso decreto a proibição de uso de narguilé e tereré em praças públicas, porque é um meio de estar transmitindo o vírus. E o que nós queremos hoje, no momento, é evitar a propagação do vírus no nosso município”, explicou.
“Está alto, está preocupante, nós fechamos o mês de dezembro com 107 pessoas contaminadas, no mês de janeiro tivemos quase 210, dobramos, até ontem, dia 7, nós já estávamos com cem pessoas. Isso dignifica que possivelmente vamos fechar com mais de 300 pessoas só agora em fevereiro”, lamentou o prefeito no início da última semana.
Segundo Tatá, o consumo de tereré nas praças da cidade faz parte da cultura do povo poconeano. No entanto, o costume é de que se use uma cuia e uma bomba, que é passada de pessoa para pessoa. Com isso, aumenta a possibilidade de propagação do vírus, caso haja no grupo um possível infectado.
Outro ponto levantado pelo prefeito é o da fiscalização para coibir festas clandestinas. Para isso, é usada a força policial, o que, no entanto, não tem sido suficiente. “Estamos batendo duro em cima disso, mas infelizmente a população não tem atendido o nosso clamor. E nem a Polícia Militar tem condições de pessoas para poder estar fiscalizando, isso nós temos cobrado muito do promotor de justiça para que eles possam estar cobrando o Governo do Estado a estar colocando mais números de policiais para só dessa forma podermos combater e impedir o avanço desenfreado da questão do coronavírus”, completou.