Os medicamentos que estão sendo usados no tratamento de sintomas da Covid-19 tiveram aumento de até 60% nos preços, em Cuiabá. A vitamina C, vitamina D e o ivermectina estão na lista dos produtos mais vendidos nas farmácias desde o início da pandemia.
O aumento dos preços de medicamentos de 5,2% anunciado no início deste mês deve chegar ao consumidor a partir de julho, mas o que preocupa são os remédios utilizados pelo tratamento de sintomas da Covid-19 como a ivermectina, cujo preço médio é de R$ 25. Em algumas farmácias já é vendido por até R$ 40.
Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos (Sincofarma), Hamilton Domingos Teixeira, a pandemia não justifica o aumento abusivo dos preços.
“O Sincofarma tem recebido denúncias de abuso de preços de medicamentos nesse momento com tantas pessoas se contaminando. Não justifica o abuso de preços que estão colocando, teve o aumento de transporte, mas não abuso, por isso que a gente alerta pra que o consumidor exija o cupom fiscal”, afirma.
O Procon e a Polícia Civil trabalham juntos para fiscalizar as farmácias suspeitas de preços abusivos.
O coordenador de fiscalização, Ivo Vinícius Firmo, orienta que o cliente sempre guarde o comprovante da compra. Além disso, toda pessoa tem direito de consultar o caderno de preço dos medicamentos.
“Nós estamos fazendo o monitoramento de todas as denúncias que chegam e realizando ações de ofício pra verificar se houve essa variação como está sendo denunciado pelos consumidores. O medicamento tem um o preço controlado pelo pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Todo ano, é liberado uma lista de preço máximo e as farmácias precisam ter essa tabela no balcão. Qualquer tipo de medicamentos controlados, a farmácia tem a obrigação de ter colocado no balcão para que o consumidor possa consultar”, afirma.
A Polícia Civil fez seis operações em farmácias depois de receber denúncias. Até agora ninguém foi preso. A prática de preços abusivos é crime e a multa pode chegar a R$ 3 milhões. O dono da farmácia pode pegar até 10 anos de prisão.
O delegado Rodrigo Azem orienta que os consumidores façam as denúncias pelo canal da Polícia Civil, que vai apurar os casos.
“Os produtos que mais têm recebido denúncia são o álcool em gel, máscaras de proteção, vitamina C, termômetro digital e o medicamento ivermectina. Nós falamos para o proprietário ou gerente que está no local que vamos fazer a fiscalização juntamente com o Procon”, afirmou.
O telefone de emergência da Polícia Civil é o 197.