Os consumidores vêm sentindo no bolso a alta dos preços da carne, com o quilo da alcatra por R$ 42,82, o coxão mole por R$ 35,43 e o patinho por R$ 33,65, com o aponta os dados do Instituto Mato-Grossense de Agropecuária de Mato Grosso (Imea).
Infelizmente, a situação não deve melhorar nos próximos meses como aponta o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso (Sindrifrigo).
O presidente do Sindifrigo, Paulo Bellincanta, explica que existe uma falta de matéria prima, o que influenciou diretamente no preço final das carnes.
“A principal matéria prima da indústria frigorifica é o boi, e esta foi à matéria-prima que no final do ano passado [2020] faltou, e que há uma previsão que continue bastante escassa para 2021. É claro, é muito natural que seu impacto foi o aumento no preço da carne para o consumidor final. Isso é inevitável, é uma lei de mercado, oferta e procura”, argumenta.
Questionado sobre quando poderia ocorrer uma melhora nos preços, o presidente não foi muito otimista, por conta da atual realidade do mercado bovino. Ele explica que o problema começou em setembro de 2020, quando faltaram bois e isso estaria de certa forma relacionada à pandemia da covid-19.
“Houve uma escassez significativa, por conta da influência que acabei de falar [pandemia], na alta de preço. 2021 esperamos no segundo semestre, com o retorno gradual da economia, um avanço da vacinação sobre a população, terminar o ano com certa estabilidade”,disse.