Conforme divulgado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), as trincas que aparecem em vídeos recentes sobre o Portão do Inferno, na rodovia MT-251, não representam risco iminente de colapso estrutural. O trecho, localizado entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, é monitorado diariamente por equipes técnicas do governo estadual.
A reportagem confirmou, junto à Sinfra-MT, que as imagens que circularam nas redes sociais mostram juntas de dilatação, elementos previstos em grandes estruturas de concreto. Segundo nota oficial, as medições realizadas no local não apontam movimentações fora do padrão esperado nem indicativos de colapso iminente.
O que são juntas de dilatação
As juntas de dilatação são espaços técnicos projetados para permitir pequenas movimentações naturais das estruturas. Elas absorvem variações causadas por mudanças de temperatura, peso dos veículos e diferenças de comportamento entre materiais como concreto e asfalto.
Em estruturas de grande porte, como pontes e viadutos, essas juntas são essenciais para evitar fissuras desordenadas. Um exemplo comum são os cortes visíveis em calçadas, que cumprem a mesma função em menor escala.
No caso específico do Portão do Inferno, as trincas estão localizadas na transição entre o viaduto — estrutura rígida de concreto armado — e o pavimento apoiado diretamente sobre o solo. Como esses dois elementos se movimentam de formas distintas, é esperado o surgimento de pequenas aberturas controladas nessa região.
Monitoramento técnico permanente
Desde o início das intervenções no trecho, equipes especializadas realizam monitoramento técnico contínuo, com medições periódicas das juntas e acompanhamento do comportamento estrutural do viaduto. Segundo a Sinfra-MT, nenhuma alteração atípica foi identificada até o momento.
A secretaria ressalta, no entanto, que o risco geológico da região nunca foi ignorado. Por isso, medidas preventivas seguem em vigor enquanto a solução definitiva é desenvolvida.
Medidas preventivas adotadas
- Instalação de barreiras dinâmicas para contenção de blocos rochosos;
- Remoção de grandes blocos considerados instáveis;
- Restrição ao tráfego de veículos pesados;
- Interrupções preventivas da rodovia durante períodos de chuva intensa.
Essas ações têm como objetivo reduzir riscos aos usuários da MT-251 enquanto as obras emergenciais e os estudos técnicos avançam.
Solução definitiva prevê túnel
O Governo de Mato Grosso já confirmou que a solução definitiva para o Portão do Inferno será a construção de um túnel. A alternativa é considerada mais segura e com menor impacto ambiental e paisagístico, segundo avaliação técnica divulgada pelo Executivo estadual.
A licitação para contratação da empresa responsável pela elaboração do projeto e execução da obra está prevista para o dia 9 de março, conforme cronograma oficial disponível nos canais institucionais do governo.
Caso semelhante em Cuiabá
Situação parecida ocorreu recentemente na Ponte Mário Andreazza, em Cuiabá, quando vídeos nas redes sociais apontaram supostas rachaduras. Após vistoria técnica, foi confirmado que as marcas também correspondiam a juntas de dilatação, sem risco estrutural.
Reportagem baseada em informações oficiais da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT).
Box informativo:
- Trecho: MT-251, entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães
- Órgão responsável: Sinfra-MT
- Solução definitiva: Construção de túnel
- Status: Monitoramento contínuo e obras emergenciais
Para acompanhar atualizações oficiais sobre o Portão do Inferno e outras obras de infraestrutura, siga os canais institucionais do Governo de Mato Grosso.





















