População de Chapada dos Guimarães se manifesta contra obras que ameaçam patrimônio histórico de Mato Grosso

Fonte: CENÁRIOMT

Crédito - Marcos Vergueiro/Secom-MT
Crédito - Marcos Vergueiro/Secom-MT

A beleza natural do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães (Mato Grosso), tornou-se palco de um conflito entre a necessidade de garantir a segurança da rodovia MT-251 e a preservação do patrimônio histórico e ambiental da região. Na última quinta-feira (22), moradores realizaram um abraço simbólico no local, em protesto contra as obras de retaludamento que iniciarão na próxima quarta-feira (28).

Os manifestantes argumentam que as obras foram decididas sem ampla consulta à população e que os impactos no turismo e no comércio local não foram devidamente avaliados.

Além disso, eles temem que a remoção de parte das rochas altere significativamente a paisagem e prejudique o valor histórico do local.

Já o governo de Mato Grosso justifica a necessidade das obras alegando o risco de desmoronamentos, após dois incidentes ocorridos em dezembro de 2023. A Secretaria de Infraestrutura e Logística garante que todas as medidas necessárias para minimizar os impactos ambientais serão adotadas, como a remoção manual da vegetação e o acompanhamento de técnicos do Ibama e do ICMBio.

Após a divulgação de vídeos que mostram a queda de rochas na rodovia MT-251, na região do Portão do Inferno, em Chapada dos Guimarães, o governo de Mato Grosso decidiu interditar o tráfego de veículos de carga no local.

As imagens, que circularam nas redes sociais, mostram a fragilidade do paredão rochoso e o risco de novos desmoronamentos, colocando em perigo a vida de motoristas e passageiros.

A decisão de restringir o tráfego de caminhões foi tomada após análise da situação e considerando o aumento significativo no fluxo de veículos pesados nas rodovias estaduais. De acordo com o governo, o peso desses veículos contribui para a degradação do pavimento e intensifica o risco de deslizamentos, como os ocorridos no Portão do Inferno.