O Governo de Mato Grosso equipou cinco coordenadorias regionais da Politec no interior do estado com equipamentos de tecnologia forense utilizada no desbloqueio, extração e análise de dados para perícias em celulares, computadores e dispositivos eletrônicos. O investimento feito nas unidades de Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Rondonópolis e Sinop é de R$ 6,4 milhões.
Ainda foram efetivadas as renovações das licenças dos softwares antigos da Gerência de Perícias em Computação Forense da capital.
A tecnologia é a mesma empregada pelos peritos criminais da capital e de outras instituições forenses no país e no mundo durante perícias em dispositivos eletrônicos, que são objetos de investigação em diferentes tipos de crimes.
Conforme o gerente de Perícias de Computação Forense, Tulio Bianchini, as aquisições para o interior do Estado contribuem para a melhoria do tempo de resposta e na logística da instituição. “A logística atrapalhava muito, demorava muito para o equipamento chegar até Cuiabá e, muitas vezes, a autoridade requisitante necessitava de uma resposta rápida que a Politec não conseguia dar”, considera Bianchini.
Além da aquisição para o interior, a Gerência de Computação Forense da capital também recebeu seis equipamentos que permitem o aumento da capacidade de recuperação dados da unidade e a atualização de quatro softwares antigos. A expectativa é que a Gerência amplie em mais de 30% da capacidade de análise de todos os celulares encaminhados à perícia, contribuindo com as investigações criminais.
Com o novo equipamento, a Politec consegue desbloquear, extrair dados das mais diversas marcas de celulares e gerar relatório dinâmico com linha de tempo, pesquisar por lista de palavras chaves, filtrar imagens e vídeos por conteúdo,que agilizam e auxiliam e muito nas análises dos dispositivos.
“Com mais equipamentos, esperamos ter aumento na produtividade dos laudos e fazer procedimentos novos. Antes, os celulares que não conseguíamos fazer a perícia eram devolvidos, e hoje conseguimos realizar, trazendo um respaldo maior para a autoridade também, ajudando a solucionar crimes”, destaca o gerente.
Apesar de a Politec ter acesso a todo conteúdo dos dispositivos, somente são anexadas ao inquérito as informações relevantes à investigação, de modo a preservar a intimidade do suspeito. O processo de extração de dados pode levar até 4 horas, no entanto, ainda é necessário mais um dia para analisar o conteúdo presente no aparelho.
A equipe da Gerência de Perícias de Computação da Politec atua na preservação, extração, análise e formalização de dados de mídias de armazenamento, que correspondem, em sua maior parte, a aparelhos celulares, desktops, notebooks, servidores e dispositivos portáteis de armazenamento (pendrives, HDs externos, etc.), sendo responsável por identificar das informações recuperadas de tais componentes, aquelas de conteúdo relevante às investigações.
Somente no ano passado, a Gerência de Perícias de Computação Forense concluiu 1.107 laudos periciais provenientes de perícias em dispositivos eletrônicos encaminhados por todo o estado.