Os policiais militares foram acionados pelo Ministério Público Estadual (MPE), em uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa. O órgão também apresentou denúncia criminal contra os suspeitos.
Os militares são suspeitos de atirarem contra uma mulher que estava sentada com o namorado dela em um ponto de ônibus próximo a um bar, em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, no dia 17 de janeiro. Câmeras do circuito de segurança de um estabelecimento mostram o momento em que os tiros são efetuados.
Nas imagens, os dois soldados aparecem virando a esquina de uma rua e, ao passar pelo casal que está sentado em um banco público, apontam as armas para as vítimas. Um deles volta e agride a mulher. Nisso, o outro também retorna e atira contra a vítima, que cai no chão.
Elizangela Moraes, de 44 anos, foi socorrida e encaminhada para o Hospital Regional, onde passou por cirurgia de reconstrução do rosto. Um disparo atravessou o rosto da vítima, causando danos, principalmente no lado direito, e ficou alojada na coluna.
Ela recebeu alta e está se recuperando em casa. A filha dela está mobilizando uma ‘vaquinha virtual’ para arrecadar recursos para o tratamento de Elizangela, que trabalhava como diarista e, segundo a filha, não tem salário fixo.
Ainda segundo o MPE, no âmbito criminal, os policiais vão responder pelos crimes de tentativa de homicídio praticado por motivo fútil, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com a utilização de meio cruel.
Já na esfera cível, o MPE requer, em caráter liminar, o afastamento dos dois da função de policial militar e, ao final da ação, a condenação por ato de improbidade administrativa.