A tentativa de feminicídio terminou com a intervenção direta da Polícia Militar na manhã deste sábado em Várzea Grande, quando os militares impediram que uma mulher fosse morta pelo ex-companheiro dentro da própria casa. O agressor, armado com uma faca, manteve a vítima sob ameaças contínuas durante toda a noite anterior.
Segundo informações repassadas pela PM, o homem invadiu o imóvel ainda na noite de sexta-feira e controlou a movimentação da mulher e de familiares, afirmando repetidamente que mataria todos os presentes. A situação se agravou ao longo das horas, com o agressor segurando a vítima pelo corpo e pressionando a lâmina contra o pescoço dela.
A Polícia Militar informou que o suspeito declarou que havia retornado “para cumprir a promessa”, após sair do sistema prisional. Desde cerca das 20h, ele manteve a ex-companheira sob ameaça direta, ignorando tentativas de diálogo dos familiares. Em determinado momento da madrugada, uma das mulheres presentes conseguiu sair com uma criança para buscar ajuda, mas o caso só foi comunicado às autoridades por volta das 5h30.
Ao chegarem ao endereço, os policiais se depararam com o crime em andamento e constataram que a vítima permanecia imobilizada com a faca encostada no pescoço. Diante da gravidade e da iminência de morte, a guarnição arrombou a porta dos fundos para entrar no imóvel e tentar uma abordagem segura.
Mesmo com verbalizações diretas para que soltasse a arma e libertasse a mulher, o agressor afirmou que mataria a vítima naquele instante. Conforme a PM, a ameaça era real e não havia alternativa que garantisse a integridade da mulher sem o uso de força letal por parte da equipe. A ação seguiu os protocolos de legítima defesa de terceiro, diante do risco imediato à vida da vítima.
Intervenção, socorro e desfecho da ocorrência
Após o disparo que conteve o agressor, os policiais retiraram a mulher da residência e a encaminharam ao Pronto-Socorro de Várzea Grande, onde ela recebeu atendimento médico em estado de forte abalo emocional. A intervenção rápida impediu o desfecho fatal que o suspeito anunciava desde a noite anterior.
O agressor, gravemente ferido, também foi socorrido pelos próprios militares, que o levaram ao hospital devido à urgência da situação e à impossibilidade de aguardar o atendimento do SAMU. Ele morreu após dar entrada na unidade, conforme informado pela corporação.
O caso deve seguir para investigação, com registro da ocorrência e análise dos procedimentos adotados na intervenção. A situação se encaixa no contexto de proteção da vida de terceiro, previsto na legislação brasileira. A Polícia Militar destacou que toda a ação foi conduzida de forma técnica e proporcional, considerando o risco iminente à vítima.
As autoridades devem apurar ainda o histórico do suspeito e o cumprimento de medidas cabíveis para resguardar a vítima e familiares. A ocorrência reforça a importância do acionamento imediato da polícia em situações de ameaça. As informações são da Polícia Militar.























