Em uma operação de grande porte, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira em Mato Grosso, a Operação Ultima Ratio com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que atuava no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A investigação, que conta com o apoio da Receita Federal, busca desarticular um esquema de corrupção envolvendo a venda de decisões judiciais, lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e falsificação de documentos públicos.
Ao todo, estão sendo cumpridos 44 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em cidades como Campo Grande (MS), Brasília (DF), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). A ação representa um desdobramento da Operação Mineração de Ouro, deflagrada em 2021, quando foram encontrados indícios da prática desses crimes.
A operação mira servidores públicos, advogados e empresários envolvidos no esquema criminoso. Diante da gravidade dos fatos, o STJ determinou o afastamento de diversos servidores de suas funções, além de outras medidas cautelares como a proibição de acesso às dependências de órgãos públicos, a vedação de comunicação com outros investigados e a colocação de tornozeleiras eletrônicas.
Impacto da operação
A Operação Ultima Ratio é um duro golpe contra a corrupção no Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul. A venda de decisões judiciais é um crime grave que mina a confiança da sociedade nas instituições e prejudica o Estado Democrático de Direito.
A Polícia Federal e a Receita Federal estão trabalhando incansavelmente para desmantelar essa organização criminosa e levar seus membros à Justiça. A operação demonstra o compromisso das autoridades em combater a corrupção e garantir a lisura dos processos judiciais.