Polícia Civil impulsiona combate à sonegação com alta de 700% nas investigações fiscais

Crescimento expressivo nas apurações sobre crimes tributários reflete o reforço de métodos e maior agilidade nos procedimentos investigativos.

Fonte: CenárioMT

Polícia Civil impulsiona combate à sonegação com alta de 700% nas investigações fiscais
Polícia Civil impulsiona combate à sonegação com alta de 700% nas investigações fiscais - Foto: PJC

A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), apresentou um avanço significativo no número de apurações sobre crimes contra a ordem tributária. No primeiro semestre de 2025, foram concluídos 176 Autos de Investigação Preliminar (AIPs), frente a apenas 22 no mesmo período de 2024 — um salto de 700%.

Os AIPs são procedimentos menos burocráticos e mais ágeis, que permitem investigações iniciais sem a necessidade imediata de instaurar inquérito formal. Essa modalidade tem garantido maior fluidez e eficiência nas apurações, favorecendo a obtenção de provas e diligências de forma mais célere.

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De acordo com o delegado Walter Fonseca, o desempenho reflete melhorias nos métodos de trabalho e o empenho da equipe. “Houve uma dedicação conjunta dos policiais e escrivães da nossa unidade para tornar os procedimentos mais eficientes. Isso refletiu diretamente no número de autos concluídos, com mais qualidade e agilidade”, destacou.

Além disso, as representações enviadas ao Poder Judiciário aumentaram de 4 para 31 — crescimento de 675%. Esses documentos são fundamentais para solicitar medidas legais como mandados de busca ou quebras de sigilo.

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Outros indicadores também apresentaram evolução: o número de inquéritos concluídos subiu de 35 para 55 (alta de 57%) e os depoimentos colhidos passaram de 206 para 295, um crescimento de 43%.

A Defaz tem como missão apurar crimes fiscais que impactam diretamente os cofres públicos, como a sonegação de impostos e o uso de empresas fantasmas. Uma das principais ações do semestre foi a Operação Rent-A-Business, deflagrada em maio, que desarticulou um esquema bilionário de sonegação envolvendo empresas fictícias.

As investigações revelaram movimentações superiores a R$ 7,6 bilhões em notas fiscais com baixo recolhimento de tributos. O objetivo seria mascarar a origem das mercadorias e driblar obrigações fiscais. Os envolvidos devem responder por crimes como sonegação fiscal, falsidade documental e associação criminosa.

“O que estamos colhendo agora é fruto de uma estratégia focada em planejamento, organização e profissionalismo. Com esse trabalho, buscamos proteger o erário público e garantir que todos cumpram com suas obrigações fiscais”, concluiu Fonseca.

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Criador de conteúdo especializado em jogos, tecnologia e notícias de Mato Grosso, é redator no CenárioMT e atua também como analista de TI. Desenvolve projetos de game design no tempo livre. Contato para pautas sobre Mato Grosso: [email protected]