Um homem suspeito de armazenamento de defensivos agrícolas de origem ilícita foi preso em flagrante em uma ação conjunta da Polícia Civil, através da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCC)) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), realizada no final da tarde de domingo (20.06), em Cuiabá.
A identificação da casa aconteceu em continuidade a uma ação da PRF que resultou na apreensão de grande quantidade de agrotóxico no município de Sinop. Na residência do suspeito, no bairro Serra Dourada em Cuiabá, foram apreendidos defensivos agrícolas, caixas vazias de agrotóxico e vários pacotes de cigarros de origem estrangeira
O suspeito de 56 anos confessou que estava armazenando o material ilícito a mando de terceiros e foi autuado em flagrante por crime ambiental de armazenar produto tóxico ou nocivo ao meio ambiente de forma irregular, receptação, contrabando e descaminho e associação criminosa.
Os trabalhos iniciaram no domingo (20), quando a equipe da PRF recebeu informações sobre dois veículos, uma caminhonete S-10 e um Fiat Strada, que saíram de Cuiabá para levar defensivos agrícolas de origem ilícita para Sinop.
Diante da denúncia, os policiais rodoviários realizaram a abordagem dos veículos, sendo encontrado na caminhonete S-10, sacos grandes de agrotóxicos. Os produtos não apresentavam nenhum tipo de inscrição ou nota fiscal, sendo possivelmente material contrabandeado ou falsificado.
Com a informação de que o produto havia saído de uma residência em Cuiabá, a equipe da PRF entrou em contato com os policiais da GCCO que junto aos policiais rodoviários e em continuidade as investigações foram até a residência onde possivelmente estaria armazenado o material.
No endereço, os policiais encontraram 50 caixas vazias de defensivos Benzoato, relacionadas ao material que foi apreendido na abordagem em Sinop, além de 67 caixas de cigarros contrabandeados. Questionado, o suspeito confessou que recebeu o valor de R$ 1 mil para guardar o material ilícito em sua residência.
Diante dos fatos, todo material encontrado na casa foi apreendido e o suspeito encaminhado à GCCO onde após ser interrogado foi autuado em flagrante por crime ambiental, receptação, contrabando e descaminho e associação criminosa.
Segundo o delegado da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, o material será encaminhado para perícia para verificação se é um produto falsificado ou relacionado a crime cometido em propriedade agrícolas do interior do estado.
“Está claro que os produtos estão relacionados a atuação de uma associação criminosa e agora trabalhamos para descobrir a forma de atuação do grupo. A ação realizada em parceria é fundamental para combate ao crime organizado em crimes de roubo, furtos, receptação e outros conexos envolvendo defensivos agrícolas”, disse o delegado.