Polícia Militar e Polícia Judiciária Civil interromperam, na noite de quinta-feira (23), uma festa promovida por suspeitos de integrar uma facção criminosa em Vila Rica, a 1.162 km de Cuiabá, conforme boletim oficial divulgado pela corporação. A ação ocorreu no bairro Vila Nova, onde o evento social reunia famílias e crianças da região com brinquedos, comidas e bebidas.
Intervenção policial após denúncia
Segundo a Força Tática do 10º Comando Regional, informações repassadas via denúncia anônima indicavam que o evento teria recursos de origem ilícita. Ao chegar, a equipe constatou uma rua bloqueada e instalação de estruturas para lazer infantil, o que caracteriza irregularidade no uso do espaço público.
Uma mulher de 59 anos se apresentou como responsável pelo evento e afirmou que o verdadeiro organizador seria um homem de 35 anos, já monitorado por suposta atuação em facção criminosa. Ela também exibiu um documento digital alegadamente expedido pela prefeitura, com autorização até as 18h, horário já excedido no momento da abordagem. O documento original não foi encontrado no local, contrariando o Código Tributário Municipal.
Suspeitos reconhecidos e condução à delegacia
Durante a verificação, os policiais identificaram ainda uma jovem de 22 anos, também já conhecida pela integração em organização criminosa. Diante das irregularidades, foi determinado o encerramento imediato das atividades, desobstrução da via e condução dos envolvidos à delegacia para registro da ocorrência.
Assistencialismo e facções: tática de influência comunitária
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta que facções utilizam ações assistenciais para ampliar territorialidade e apoio social, especialmente em áreas vulneráveis — estratégia semelhante a casos já observados em Mato Grosso e em outros estados, conforme estudos publicados em relatórios anuais.
Especialistas afirmam que tais iniciativas mascaram a lavagem de dinheiro e fortalecem vínculos com moradores, criando obstáculos ao trabalho de segurança pública.
Como a população pode ajudar
A PM reforça que denúncias podem ser feitas sem identificação, pelos números:
- 190 — emergência
- 0800 065 3939 — disque-denúncia estadual
CTA: Se presenciar eventos suspeitos, acione imediatamente a polícia e contribua com investigações em curso.
Reportagem baseada em boletim da Polícia Militar e dados públicos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.


















