Pescado irregular foi apreendido por equipes da 2ª Companhia de Proteção Ambiental na manhã desta quinta-feira (11), em Rondonópolis, conforme divulgado pela Polícia Militar de Mato Grosso. A operação, realizada no Rio Vermelho, resultou na detenção de três homens e na remoção de mais de uma tonelada de peixes fora das normas legais.
Como a apreensão ocorreu
Conforme apurado com a corporação, os policiais patrulhavam a área como parte da Operação Piracema — ação anual que reforça o período de defeso previsto pela Instrução Normativa nº 13/2011 do Ibama, documento oficial disponível em https://www.gov.br/ibama. Durante a fiscalização, a equipe identificou duas canoas artesanais carregando grandes caixas térmicas, comumente usadas para armazenar pescado.
Segundo nota oficial, os tripulantes afirmaram ser indígenas e disseram transportar o material da Aldeia Gomes Carneiro para a Aldeia Tadarimana. No entanto, a checagem das caixas revelou espécies proibidas ou abaixo das medidas regulamentares. Nenhum documento autorizando a pesca ou o transporte foi apresentado.
Peixes apreendidos e destino do material
A reportagem confirmou, com dados da Polícia Militar, que o volume apreendido somou 1.086 kg de pescado irregular, distribuídos da seguinte forma:
- 731 kg de Cachara;
- 120 kg de Pintado;
- 112 kg de Pacu;
- 80 kg de filés diversos;
- 23 kg de Dourado;
- 20 kg de Jaú.
Todo o material foi encaminhado à Delegacia de Rondonópolis, pesado e posteriormente doado a instituições de caridade, seguindo protocolo previsto em apreensões ambientais no estado.
Os três homens detidos receberam voz de prisão e foram encaminhados para a Polícia Judiciária Civil, responsável pela continuidade do procedimento.
Por que a fiscalização importa
A legislação ambiental brasileira prevê que a pesca durante o período de defeso pode afetar diretamente a reprodução de espécies nativas. Em pescado irregular, o impacto é ainda maior, segundo normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), pois compromete o equilíbrio dos rios e a segurança alimentar das comunidades locais.
Como denunciar
A população pode colaborar com ações de fiscalização ambiental em qualquer município do estado, de forma anônima, pelos telefones 190 ou 0800 065 3939.
Reportagem baseada em informações oficiais da Polícia Militar e documentos de regulamentação ambiental.
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