O período de defeso da piracema nos rios do estado encerra nesta sexta-feira (31). A proibição da pesca, tanto amadora quanto profissional, em Mato Grosso, iniciou no dia 1º de outubro de 2019 e abrange os rios das Bacias Hidrográficas do Paraguai, Amazonas e Araguaia-Tocantins. A pausa na pesca é determinada para a reprodução dos peixes.
Segundo dados parciais da Secretaria do Estado e Meio Ambiente (Sema), até o dia 7 de janeiro foram apreendidas 3,1 toneladas de pescado, sete armas de fogo, 27 tarrafas e 15 pessoas foram conduzidas à delegacia. Ao todo, cerca de R$ 250 mil em multas foram aplicadas.
Além disso, 123 redes foram confiscadas, o que equivale a quase 62% a mais que o período no ano 2018/2019.
A rede é considerada um dos instrumentos de pesca mais nocivos aos estoques pesqueiros, já que possibilita a retirada de grande quantidade de peixes em muito pouco tempo e sem distinção de tamanho ou medida.
Rios federais
Nos rios de divisa, em que uma margem fica em Mato Grosso e outra margem em outro estado, a proibição à pesca segue o período estabelecido pela União, que começou em novembro de 2019 e terminará no fim do mês de fevereiro.
No estado, 17 rios se encaixam nessa característica de rio de divisa. Entre os mais conhecidos estão o rio Piquiri, na bacia do Paraguai, que uma margem está em Mato Grosso e outra em Mato Grosso do Sul, o rio Araguaia, na bacia Araguaia-Tocantins, que faz divisa com Goiás e, na bacia Amazônica, o trecho do rio Teles Pires que faz divisa com o Pará.