A ‘Operação Opus Ficta’, deflagrada na manhã desta quinta-feira (13), pela Polícia Federal, apura fraude em 170 benefícios que foram concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Dois servidores são alvos do esquema que causou um rombo de R$ 3 milhões nos cofres, mas poderia chegar a R$ 13 mi, caso se perpetuasse. Apesar do pedido, a 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso não concedeu mandados de prisão.
No inquérito que se iniciou em 2017, a PF apurou que empresas que, já tinham suas atividades encerradas, estariam sendo usadas para que servidores lançassem um tempo fictício de trabalho, para fornecer o benefício de aposentadoria a pessoas de Cuiabá e outros municípios do Estado. Até o momento, foram confirmadas 16 fraudes, segundo informações divulgadas em coletiva de imprensa na sede da PF, na Capital.
Mesmo sem análise de todas as possíveis aposentadorias concedidas, a operação foi deflagrada para “estancar essa sangria”, conforme pontuou o assessor de imprensa, Paulo Gomes.
“Tomou uma proporção tão grande, que não esperamos checar os 170 suspeitos para deflagrar a operação. A gente analisou e vamos fazer com que já temos, para estancar essa sangria, esse rombo aos cofres públicos e ai a próxima etapa vai analisar todos esses benefícios. Esses que já estão irregulares, provavelmente serão cortados”, afirmou.
Os oito mandados de busca e apreensão estão cumpridos em Cuiabá e Várzea Grande. As ordens foram expedidas pela 5ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso. Cinco servidores da Coordenação Geral da Inteligência Previdenciária e 30 agentes da PF estão nas ruas.
Os envolvidos responderão, ao menos, pelos crimes de estelionato contra a autarquia previdenciária e inserção de dados falsos em sistemas de informações.
A origem do nome da operação vem do latim e significa ‘trabalho fictício’.