A Polícia Federal deflagrou a segunda fase da Operação Floresta Virtual nesta terça-feira (5)em Itaúba, a 599 km de Cuiabá, contra madeireiros e engenheiros florestais suspeitos de fraudar os sistemas de controle e movimentação de produtos florestais (Sisflora/MT) e o sistema de licença obrigatória para o transporte e armazenamento de produtos florestais de origem nativa (Sistema-DOF).
Foram apreendidos 19 veículos, aviões, bens imóveis e valores mantidos em instituições financeiras relacionados direta ou indiretamente com os suspeitos. A partir do monitoramento dos sistemas de controle florestal, foi identificado que os investigados causaram prejuízos ambientais estimados em mais de R$ 15 milhões, apenas em 2018.
As investigações apontam que os envolvidos permitiam o “esquentamento” de produtos florestais extraídos ilegalmente de áreas especialmente protegidas, como Áreas de Preservação Permanente, Unidades de Conservação e Terras Indígenas.
A apuração policial também indica que diversas madeireiras fantasmas ou com baixo potencial produtivo foram constituídas pelos investigados em nome de laranjas, visando unicamente a geração e movimentação virtual fraudulenta de créditos de produtos florestais.
Os créditos seriam transferidos para empresas situadas em regiões com grande potencial madeireiro, objetivando legalizar produtos florestais extraídos ilegalmente, enganando assim os órgãos de fiscalização. Desta forma, os produtos com aparência de legalidade eram inseridos no mercado consumidor.
Os investigados responderão por crimes diversos contra a flora, furto e receptação de madeira, lavagem de capitais e falsidade ideológica.