Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel) mostra que Mato Grosso ocupa o 3º lugar no ranking entre os estados com mais mortes ocasionada por choque elétrico.
Os dados são referentes ao ano de 2021. No ano de 2019, Mato Grosso ocupava o 5º lugar, no ano seguinte passo para 4º. O estado ocupa a posição que antes pertencia ao Piauí, e ficou apenas atrás de Rondônia (2º) e Acre (1º).
De acordo com levantamento feito pelo portal G1, ao menos cinco mortes já foram registrada em 2022 por conta de choque elétrico.
Em abril deste ano, um gerente de uma choperia morreu após sofrer uma descarga elétrica enquanto limpeza o carro dele na calçada, em Sinop, ao norte do estado. Ele se chamava Caíque Azinari, de 27 anos.
Em Rondonópolis um trabalhador de 44 anos morreu ao levar um choque e cair a cerca de 5 metros de altura, onde ele fazia um serviço voluntário para a igreja.
Um pedreiro morreu com uma descarga elétrica enquanto trabalhava na obra do telhado de um estabelecimento em Várzea Grande, em fevereiro deste ano. Ao levar o choque, ele caiu do telhado.
Em janeiro deste ano, uma mulher de 38 anos morreu após sofrer uma descarga elétrica enquanto carregava o celular em uma casa na zona rural de Campo Verde.
Jovens vítimas de choque elétrico
Infelizmente, nossos jovens também são vítimas de acidentes elétricos, principalmente aqueles que se arriscam com as instalações elétricas, aponta Abracopel.
A indústria matou mais de 35 profissionais em 2021 no Brasil e, este ano não está sendo diferente, pois improvisações ou até mesmo a falta de conhecimento, tem levado pessoas a óbito.
Jovens com idade entre 21 a 30 anos foram as principais vítimas de choque elétrico no ano de 2021.
Quais são os principais fatores dos acidentes?
A autoconfiança é um dos fatores principais dos acidentes. Achar que nada acontecerá em uma simples manutenção elétrica, que não necessita de EPI por que é incômodo ou não desenergizar o local por ser algo rápido, acaba se tornando uma “aventura” sem volta.
Além disso, a falta do DR – Diferencial Residual, item obrigatório perante a ABNT NBR 5410, é o meio mais seguro de evitar tais acidentes e, infelizmente, não é encontrado em muitos locais.
Toda a instalação ou obra precisa passar por um projeto antes de ser iniciada, mas isso não acontece. Por isso tantos projetos nascem defeituosos, inclusive este foi o tema de uma live que contou com a participação de Orestes Rodrigues Junior, diretor de marketing da Abracopel, que apresentou algumas destas informações, inclusive sobre “achismos” e ‘imediatismos”.
