Pesquisa recente aponta que 69% das famílias dos estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) ganham até um salário mínimo e meio, ou seja, R$ 1.431. Além disso, 17% dos estudantes estão em uma faixa que vai da primeira até três salários, seguido por quem tem renda superior a R$ 2.862 (10%).
O perfil estudantil foi feito a partir da V Pesquisa Nacional de Perfil dos Graduandos das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes), promovido pelo Fórum Nacional de Pró-reitores de Assuntos Estudantis (Fonaprace) da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).
O levantamento de informações foi feito a partir de uma pesquisa disponibilizada pelas Ifes, no ano passado, nos sites das Universidades participantes. Dentre as 65 universidades que colaboraram com o estudo, a UFMT contou com a nona maior participação, com 68,6% dos 28.481 estudantes que possuíam vínculo com a Universidade em 2018, período no qual o trabalho foi realizado.
Segundo o resultado, 51% dos graduandos da UFMT, em seus cinco Câmpus, são mulheres que tiveram o ingresso a partir da ampla concorrência (58%). A faixa etária está majoritariamente concentrada entre 18 e 24 anos (62%), seguida por estudantes com 25 anos e mais (25%).
Já no tocante à raça e a cor dos graduandos, 44,9% indicaram serem pardos, seguidos por brancos (36,2%), preto não quilombola (12,7%), amarelo (2,4%), quilombola (0,9%) e indígena não aldeado (0,3%) e aldeado (0,3%).
Retrato nacional
A quinta edição Pesquisa Nacional de Perfil dos Graduandos das Ifes contabilizou 426.664 participações. Realizado desde 1996 pelo Fonaprace, o estudo tem como objetivo estabelecer o perfil socioeconômico e cultural dos estudantes e, deste modo, instrumentalizar as políticas de assistência estudantil por meio de diagnósticos, análises, acompanhamentos e avaliações.
No âmbito nacional, a pesquisa apontou que o público das universidades públicas brasileiras é composto essencialmente por mulheres (54,6%), com idade média de 24,43 anos. Deste universo, 51,2% são negros, com renda de até um salário mínimo e meio (70,2%) e ingressantes pela ampla concorrência (58,1%). Outro índice de destaque é que 60% dos estudantes que realizam a graduação nas Ifes vêm de uma família cujos pais não tiveram acesso ao ensino superior.