Banhistas que frequentam o Lago do Manso, que pertence ao município de Chapada dos Guimarães (64 quilômetros de Cuiabá), relataram pelo menos quatro ataques de piranha em um intervalo de três semanas. Segundo pessoas que trabalham na região, os casos estão aumentando.
O pecuarista Alex Jorge Figura, 41 anos, foi uma das vítimas. Ele estava hospedado em um resort com a família, comemorando o aniversário da mãe, na última quarta-feira (27), quando houve o ataque. “Nós temos uma lancha e resolvemos ir até a região da ‘Ilha Bora Bora’, no Morro do Chapéu. Fomos em seis adultos e duas crianças (quatro e cinco anos). Todos entramos na água, sendo que eu fui na parte mais funda, com profundidade entre a cintura e o peito”.
“Após três minutos que eu estava na água, senti uma mordida pequena. Logo percebi que era piranha, fui tirar o pé e ela deu uma sequência de três mordidas. Sai da água sangrando bastante. Eu retornei ao resort e fui atendido no ambulatório. Lá, a enfermeira disse que os casos deste tipo andam aumentando”, completou o pecuarista.
Ainda conforme Alex, ele e seus familiares conseguiram perceber depois que, no local, havia um cardume com pelo menos 30 peixes. “Apenas uma me atacou. Meus amigos que conhecem a região disseram que isso aconteceu porque elas fazem ninhos naquela região. Provavelmente eu estava perto de um. Acredito que por isso somente um dos peixes me atacou”.
Depois do ataque, todos saíram da água e retornaram ao resort. “Acredito que estejam ali porque sentem a chegada das lanchas e sabem que ela funciona como uma ‘ceva’. Todos que frequentam a região fazem churrasco e acaba caindo comida na água”, comentou o pecuarista.
O médico Igor Teixeira, 29 anos, também foi uma das vítimas da piranha. “Aconteceu há três semanas. Fui passar o dia na região, em uma ilha que tem por lá. Estávamos na água e começou a escurecer o dia. Senti uma mordida no pé e quando fui ver estava sangrando o dedo. Sai correndo”.