Durante o interrogatório remoto realizado nesta terça-feira (16), o pecuarista investigado por suposto envolvimento em desmatamento químico no Pantanal Mato-grossense, abrangendo uma área de 81 mil hectares e com gastos superiores a R$ 25 milhões, optou por permanecer em silêncio, conforme relatado pela delegada Liliane Muratta. Segundo ela, o próximo passo consiste em concluir as investigações, elaborar o relatório do inquérito e encaminhá-lo ao Judiciário para análise pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), podendo resultar em eventual denúncia.
Todas as evidências coletadas pela polícia são substanciais, conforme enfatizado pela delegada Muratta. A promotora de Justiça, Ana Luiza Peterlini, também destacou a clareza de alguns dos delitos, que incluem o uso impróprio de agrotóxicos, o desmatamento em áreas de proteção ambiental e de preservação permanente, bem como a poluição resultante da considerável degradação da flora.
O Ministério Público ressaltou que este é o maior dano ambiental já registrado no estado, equiparando-se à área territorial da cidade de Campinas (SP). Durante as investigações, foram identificados 25 tipos diferentes de agrotóxicos aplicados sobre a vegetação do Pantanal, incluindo o 2,4-D, conhecido por seu uso na Guerra do Vietnã.
