O momento é de cuidar da saúde em primeiro lugar. É o que acredita 88% dos cuiabanos. Segundo eles, os governantes devem priorizar a vida das pessoas em detrimento do comércio ou emprego frente à situação da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). O número é resultado de uma pesquisa realizada pela Analisando – Instituto de Pesquisas e Opinião Pública, realizada entre os dias 30 de março e 2 de abril na capital mato-grossense. A análise é da socióloga e analista política Christiany Fonseca, professora de Sociologia no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), mestre em educação pela (UFMT) com ênfase em Sociologia do Trabalho. Atualmente é doutoranda em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR).
Seguindo a mesma linha, 85% dos entrevistados concorda com a frase “O comércio e o emprego são fundamentais, mas nesse primeiro momento o mais importante é cuidar da saúde e da vida das pessoas”, enquanto 9,8% discordam, e 5,2% não souberam ou não opinaram.
A pesquisa ainda mostra que 72,3% concordam com as medidas de isolamento impostas pelos governantes sobre a quarentena, enquanto 19,8% não concordam, e 8% não souberam ou não opinaram. No entanto, enquanto 55,1% acreditam que o isolamento social é realmente necessário, 37,1% creem que ele deve ser apenas para idosos e grupos de risco. Neste caso, 4,8% não souberam ou não opinaram, e 4% acham que o isolamento não é necessário para ninguém.
Outra pergunta realizada foi em relação à situação de Cuiabá. Neste caso, 42,7% acreditam que o isolamento na capital deve ser mais rigoroso que em outras cidades “porque em caso de explosão de casos do coronavírus, pessoas de outras cidades virão se tratar aqui, o que poderá levar a um colapso do sistema de saúde na capital”. Outros 20% também acreditam que sim, mas porque “por aqui passam pessoas das outras cidades do estado e de fora de Mato Grosso”.
Para 16,2%, o isolamento não deve ser maior em Cuiabá, justamente por ser onde tem mais empregos, e 11,8% acreditam que sim, mas por ser a cidade mais populosa. 9,4% não souberam ou não opinaram.
A pesquisa foi realizada com uma amostra de 501 entrevistas, e a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Dos entrevistados, 38,9% tem entre 16 e 34 anos, e 61,2% tem mais de 35 anos. Além disso, 51,5% eram mulheres, e 48,5%, homens.